Pesquisar este blog

terça-feira, 29 de abril de 2008

De Titanic à responsabilidade ambiental....


A ÚLTIMA HORA

Durante anos escutamos as profecias de cá e de lá de que o mundo um dia acabaria. Essa realidade parecia tão distante, contudo, ao assistir ao documentário narrado e produzido por Leonardo de Caprio, pude perceber que o fim está bem mais próximo do que se imagina. Mais de 50 renomados entrevistados revelam a crise que existe hoje em nosso ecossitema mostrando as catastróficas conseqüências à humanidade. Cenas reais que chocam e nos convidam a uma maior reflexão a respeito do que somos e do que viemos fazer neste mundo.

É sabido, que vivemos um distúrbio global; as maiores temperaturas têm sido registradas, as camadas de gelo derretendo, efeito estufa, desmatamento, poluição, chuva ácida, tudo acontecendo ao mesmo tempo e em toda parte do mundo. A mídia nos mostra diariamente os devastadores efeitos causados em lugares longínquos do planeta: enchentes, furacões, desmatamentos, terremotos. Até no Brasil já experimentamos tremores de terras!
Pesquisadores revelariam que 30% do solo estaria degradado, 70 países no mundo já não possuem mais florestas, grande parte dos peixes que são pescados ou estão contaminados por resíduos químicos, ou são desperdiçados sem que alimente quem tem fome. Rios estão secando; o clima está sofrendo grandes alterações e o homem continua dando as costas á tudo isso!

Desde a revolução industrial que o homem só pensa em progresso, tecnologia, economia, crescer e crescer. Além da redução do uso de combustíveis fósseis e da busca por um futuro sustentável, nos mais diversos âmbitos, há de se reciclar os indivíduos. Não se trata de abandonar a idéia de tecnologia, mas sim, buscar uma forma de torná-la sustentável. O cerne da questão está na mentalidade humana.

A idéia do consumismo entranha nos poros da humanidade. As mercadorias viraram símbolos culturais. Crianças americanas são mais capazes de reconhecerem logotipos de empresas que espécies da natureza. O país que é o maior símbolo do consumismo possui tecnologia suficiente para dominar o mundo, mas no futuro poderá ser dominado pelo mesmo. A ganância e a exploração do Petróleo não só produz guerra na sua forma mais cruel, como mata diariamente milhares de crianças com câncer e aumenta o número de organismos infectados por doenças respiratórias em todo planeta.

De certo que, se os EUA conseguem movimentar exércitos pelo mundo com a intenção de produzir mais e mais riqueza, ele conseguiria reverter esta política de exploração ambiental, se assim o quisesse. Contudo, este é um problema que se insere na política e na economia mundial. Economia é a palavra que conduz o mundo, é um processo que pouco permite evasão e em pouco tempo o homem conquistará apenas uma grande fábrica de lixo!

O desenvolvimento sustentável seria a única saída possível e urgente. Mas o que se fala sobre isso? As pessoas querem saber disso? Existem alguns poucos conscientes que podem dar uma guinada no processo de transformação cultural e ambiental. Temos que divulgar mais projetos onde a sustentabilidade se faça presente seja na arquitetura, seja como forma de energia eólica, energia solar, ‘biodiesel’e até mesmo dando voz aos projetos sociais e ambientais. Plante uma árvore! Economize água! Seja lá como for! Por que existem poucos que têm a consciência do reciclar. É uma questão cultural.

É necessária uma mudança no nível de consciência de todos. Cada indivíduo pode fazer a sua parte, é só uma questão de se sensibilizar com as belezas do mundo. De se sentir merecedor do lugar onde se vive, de amar e respeitar a natureza, o planeta em que vivemos, as gerações futuras. Recebemos tanto de graça e não sabemos fazer o mesmo nem pelo próximo.

A idéia de que somos parte da natureza não existe mais, uma vez que o homem já a tornou mercadoria. A contramão desta história estaria no homem simplesmente viver no mundo em harmonia com a natureza e não possuí-la como a um brinquedo inesgotável. Até quando o ser humano irá competir com a natureza? Até que ponto nós somos responsáveis pela biosfera? Estas perguntas levantadas pelo produtor do documentário esperam repostas, minha, sua e de toda a humanidade.


Michele Rangel

domingo, 20 de abril de 2008

Jackson do Pandeiro e os Emos


Blogueiros amigos,
Achei essa charge no blog do pessoal do Casseta e Planeta, e o que me chamou atenção foi justamente a presença do Jackson do Pandeiro com um rapaz "emo". Existem ainda muitos questionamentos a respeito do termo Emo, que é uma corruptela do emocional hardcore, como é denominado esse gênero musical surgido no começo da década de 1980 em Washington, EUA.
O ritmo "emo" é derivado do hardcore, do punk e do indie rock. Suas características mais marcantes são o estilo mais lento, com letras com conteúdo emocional, mais sensível aonde nota-se uma tendência em abandonar o punk distorcido em favor dos violões mais lentos.
"No Brasil, o gênero se estabeleceu sob forte influência norte-americana em meados de 2003, na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste, e influenciou também uma moda de adolescentes caracterizada não somente pela música, mas também pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos,Trajes Listrados, Mad Rats, Cabelos Coloridos e franjas caídas sobre os olhos."
Fontes de Pesquisa: Wikipédia

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Para os amantes da pipoca, filme e sofá, uma boa dica para o feriado!!


Primo Basílio
Produzido, co-escrito e dirigido por Daniel Filho, em uma adaptação ao romance de Eça de Queiroz, retrata a história de uma mulher casada que não resiste aos encantos do sedutor primo, o Basílio. Luiza é interpretada pela graciosa Débora Falabella e Basílio pelo atraente galã Fabio Assunção. Escolha perfeita, uma vez que ela refletiu bem o papel da jovem recém casada e cheia de sonhos e ele a do lindo, viajado e sedutor primo.
Trocada Lisboa pela grande São Paulo, o filme trata de uma história extra-conjugal , onde de um lado está uma jovem sonhadora, que nutre uma paixão adolescente pelo primo e de outro, o mesmo, um jovem sedutor que a faz perder a cabeça. Enquanto o marido engenheiro se ocupava da construção de Brasília, a jovem Luiza, não resiste às investidas do primo. Aquele típico amante que sabe dizer a palavra certa na hora certa, com o único intuito de todos, levá-la para cama! E como toda história acaba tendo um “diabinho”, Luiza é incentivada pela amiga adúltera e bem “soltinha” Leonor, a se divertir com o bonitão. Bom, como era de se esperar, a moça não resiste e se entrega aos braços de sua grande paixão, que lhe faz grandes juras de amor em tardes calorosas no “Paraíso”, apartamento escolhido para os encontros.
Luíza, cega e totalmente envolvida passa a escrever cartas de amor ao primo. Aí, começam a existir as possíveis “provas e evidências”, a empregada Juliana as descobre e resolve fazer delas a sua aposentadoria. A jovem num ímpeto de loucura procura o primo e lhe propõe uma fuga à Paris. Muito romântico não fosse o caso dele apenas ter se divertido com a coitada e não dar a mínima a seu pedido. Pior, ainda retorna sozinho a “Cidade Luz”, após uma despedida fria, digna de um cafajeste. Luíza se desespera e tenta recompor sua vida, uma vez que o marido “corno” estaria prestes a retornar ao lar. Ainda assim, continua a escrever cartas ao primo que deixara um cartão com o endereço, contudo, suas linhas nunca tiveram respostas.
Se existe mordomo assassino, esta empregada não ficaria muito atrás, ela inverte os papéis e faz a jovem realizar os serviços domésticos, enquanto ela, passa as tardes assistindo TV. Luiza então assume as tarefas da casa de dia e a noite se faz esposa e amante. Quando sucumbi às chantagens de Juliana, a moça resolve recorrer a “amiguinha das fáceis soluções”, Leonor. É deve ser fácil para umas, mas de fato, para uma mulher normal, era difícil de suportar a idéia de se entregar por dinheiro ao banqueiro que Leonor a apresentara. Tentativa fracassada. Assim, Luiza se desespera e pede ao amigo em comum do casal, Sebastião, que lhe ajude. A solução fora o atropelamento da empregada que, ao invés da tão sonhada e rica aposentadoria, morre tragicamente.
Quando tudo parece ter terminado, o primo resolve responder a uma das cartas que cai nas mãos de último que a poderia ler, o marido. Luiza se desespera e atormentada de culpa começa a desenvolver quadros de delírio, acompanhados de febres altíssimas. Já no hospital, o marido a perdoa, mas ainda assim, a jovem morre em seus braços. Quando Basílio retorna e tenta visitar a prima, descobre que ela não estava mais nesta vida!! O primo repete o descaso de sempre e ainda diz: “Antes ela do que eu” . Depois dessa frase proferida pelo primo, deixo minhas observações para momentos posteriores, que virão, com certeza. Apenas preciso de um ar.
Michele Rangel

terça-feira, 8 de abril de 2008


Essa mania de blogs culminou com uma outra nova: A de assistir filmes e mais filmes! Tenho passado os últimos meses fascinada por esta idéia, tanto que resolvi fazer um blog para escrever um pouquinho sobre esta experiência. O endereço é Cinema, Pipoca e Afins.



Pensei em começar fazendo um convite para que todos participassem do blog e daí me veio na cabeça a expressão "Fala Tu", o filme e tudo mais. Então, resolvi começar por ele, mesmo já o tendo assistido a algum tempo. Então, depois dessas linhas, "Fala Tu", deixe seu comentário, sugestão, ou seja lá o que for.....
O filme Fala Tu retrata a trajetória de pessoas que vivem nas favelas do Rio e que conseguiram através da música mudar suas vidas. Foi eleito como melhor documentário e melhor direção pelo júri popular ganhando prêmio no festival de Berlim de 2004. O filme gerou polêmica dentro e fora do país.Fala tu mostra o cotidiano de personagens reais que encontraram no rap uma alternativa para não sucumbirem ao poder paralelo que domina as favelas do Rio. Revela a batalha desses, que mesmo em meio a dureza de suas vidas conseguem passar uma mensagem otimista.Combatente, uma das personagens que mora em Vigário Geral canta rap para revelar sua experiência e quebrar a visão machista que ainda existe no movimento hip hop.Sua passagem deixa explícita a dificuldade e preconceito que a mulher negra sofre dentro de uma sociedade onde existe um modelo europeu de beleza. Sua experiência salienta também, a importância das rádios comunitárias para o movimento hip hop.A realidade de Macarrão que tem no rap uma forma de desabafar a realidade que vive. Ele revela que as dificuldades de quem vive na favela são tantas que para muitos acaba sendo mais fácil seguir o mundo do crime que o trabalho convencional do “ asfalto”. Ele se identifica com a sua comunidade, gosta de morar na favela, porque existem laços de afetividade fortes ali e ele não é marginalizado.Diferente de sua mulher Mônica, que não aceitava a vida da favela por achar perigosa e não concordar com a imposição dos traficantes. A religião foi seu refúgio e ela tentava por meio desta conforto para ela e sua família. Ela faleceu ainda nas gravações, durante o parto de seu filho com Macarrão. Sua história foi chocante, como a de diversas pessoas que vivem sem infra estrutura alguma, sem apoio familiar e excluídas socialmente.Cavalcante outro personagem marcante mostrou um grande exemplo de esperança e persistência. Acredita no rap como uma forma de expandir o que acontece dentro das comunidades. O filme mostra a trajetória dele e de seu pai, do reencontro, depois de dez anos, até sua doença e morte. Ainda assim, ele possui um otimismo contagiante e pretende ser jornalista e trabalhar em rádio.Fala Tu buscou a realidade dessas pessoas, que fizeram do rap uma linha divisória, transformando positivamente suas realidades. E também deu vozes a tantas outras que puderam entender a essência do movimento hip hop e seu caráter transformador.O filme é mais uma contribuição para mudança no enfoque de abordagem da realidade das comunidades que a mídia produz. Alia -se a luta de mídias alternativas que querem mostrar o trabalho e a trajetória de pessoas que buscam soluções viáveis para a problemática social.Dirigido por Guilherme Coelho, foi filmado oito dias depois da morte do jornalista Tim Lopes quando a relação da mídia com o tráfico estava contaminada. Ainda assim, conseguiu mostrar o outro lado de quem vive na favela.O que se percebe e que a mídia tradicional esta aquém do que deveria. O enfoque deveria seguir novas direções. Apenas 2% de quem mora na favela está envolvido com o crime. E para quem não está, fica a cada dia mais difícil lutar contra essa imagem que a mídia construiu ao longo dos tempos.Esse é o desafio de quem batalha por condições igualitárias num país que se diz sem preconceito, mas que produz atitudes separatistas cotidianamente. E dever da mídia revelar tudo o que acontece, isso e fato. O traficante deve aparecer nos jornais e noticiários e ser punido. Mas não e só de crime que vive a favela. Dentro das comunidades carentes encontramos pessoas engajadas em projetos sociais de grande relevância.Fala tu se refere a essas pessoas, que encontraram na música forma de recuperarem a auto estima, respeito e dignidade. E com isso, conseguiram através de suas vivencias e conquistas sensibilizar quem está dentro e fora dessa realidade. Porque na verdade a sociedade é uma só e a responsabilidade social é dever de todos.
Michele Rangel
Ps: Este texto é o primeiro filme escolhido para o blog, visitem e participem! Particularmente eu amo esta mistura pipoca + filme, mas se preferir outra não tem problema algum, o que vale pe curtir a sessão!!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Doar, doar e doar....


Lar Anália Franco
Talvez possa parecer que este tema não seja de cunho cultural, mas é de vital importância, uma vez que vivemos numa sociedade anestesiada e entorpecida pela futilidade e o individualismo. De fato, não se trata de nenhuma crítica literária ou matéria de cultura popular, contudo, é um assunto que deve estar sempre em pauta, aqui e em qualquer outro lugar. Por isso, tomei a liberdade de postá-la, com a certeza de que todos irão concordar com meu ato.
Estive neste último sábado fazendo uma visita junto à escola de meu filho, ao “Lar Anália Franco”para levar algum tipo de ajuda, financeira e afetiva às meninas que lá permanecem em regime de semi internato. O lar se mantém totalmente de doações e abriga crianças de 0 a 12 anos que estão em alguma situação vulnerável ou em risco social. Todos os pequeninos que estão em idade escolar se encontram matriculados na rede municipal de ensino e passam o período restante no lar Anália Franco, onde recebem assistência médica, odontológica, psicológica e orientação espiritual. Além disso, a instituição provê vestuário, calçados, alimentação e ministra aulas de teatro, dança, informática, entre outras.
A escola de meu filho promoveu uma espécie de gincana baseada numa tabela de pontos, onde as turmas dos alunos doavam seus brinquedos, roupas e alimentos. A equipe vencedora teria como prêmio um churrasco. Na realidade sabemos que muitas crianças estavam ali pelo “evento” e pelo tão esperado churrasco, contudo, a atmosfera daquele lugar com certeza deixou algo de diferente, tanto na cabeça das crianças de lá, como na das que foram visitar.
Talvez este seja o primeiro passo para construirmos uma visão menos egoísta na cabeça de nossos filhos. Uma visita como essa será muito mais construtiva do que irmos ao shopping e comprarmos mais um brinquedo, que as nossas já têm em demasia. Aquelas crianças carecem de tudo, e sempre há dentro de nosso armário, entupido de coisas inúteis, algo para lhes oferecer. Existem os que podem doar grandes quantias, existem os que podem doar muito amor, existem os que doam seu tempo – seja lá o que for, o ato de doar é algo que o ser humano precisa muito exercitar.
Acredito que esta situação lamentável em que é tratada a educação no nosso país, o descaso do Estado com tantas crianças carentes é algo que provoca desânimo. Ainda assim, não devemos esmorecer e permanecermos sentados recostados em nossas “almofadas de inércia”, apenas reclamando do que “eles” deveriam fazer. É necessária uma visão maior, além dos nossos umbigos e é fundamental que ensinemos os nossos filhos a assistirem menos TV para verem a vida que existe do lado de fora, sem futilidades e edições. Estar em contato com outra realidade coloca nossas crianças mais conscientes do abismo social que esse país enfrenta e as orienta na realização de grandes feitos, que podem começar desde cedo.
Michele Rangel



Lar Anália Franco
Rua Marechal Rondon 875, Rocha.
Tel: (0xx21) 2281-1000
Email: laranaliafranco@ig.com.br

domingo, 6 de abril de 2008

Papos Culturais

Pessoal,

O blog Papos Culturais nasceu da necessidade de divulgar um pouco da cultura popular brasileira, debater sobre a cultura no Brasil, mostrar fatos curiosos, enfim fazer um fórum de discussão sobre cultura.
O tempo passou e, apesar de ser um blog mais visitado do que o Balzaquianas, percebo que pouquíssimas pessoas comentam esse blog. Faço um convite aos leitores que me ajudem, que comentem, deêm dicas, para que esse espaço fique melhor.
Abaixo uma enquete para que eu possa conhecer vocês melhor.

beijocas

Kátia Barros