A FEIRA HIPPIE DA SAENS PEÑA
Tradição e cultura que valorizam o bairro
A Feirarte III, a tradicional feirinha da Praça Saens Peña, encanta o bairro da Tijuca há mais de trinta anos. Administrada pela Secretaria Municipal de Cultura, com o apoio da Secretaria Municipal de Governo e regidas pela Lei 1.533/90; a feira funciona sextas e sábados de 08h às 18h e já faz parte do comércio da Praça, que nestes dias ganha um colorido todo especial.
Em Ipanema, na Praça General Osório, teve início a primeira Feirarte; quando artistas e artesãos sentiram a necessidade de terem um espaço para que pudessem expressar a sua arte livremente. Alavancada pelo movimento hippie - que teve seu auge nos anos 60 e 70 -, época em que cidade fervilhava com inúmeras manifestações culturais; a famosa Feira Hippie de Ipanema abriu as portas para que outras feirinhas fossem se espalhando pela cidade. Depois de Ipanema, surgiram a Feira Colonial da Praça XV, a da Praça do Lido, do Calçadão de Copacabana e a da Praça Saens Peña - que divulgam a cultura popular dos bairros que se encontram.
As feiras livres do Rio de Janeiro são tão antigas e se confundem com a história da própria cidade. Ainda na época colonial eram comuns comércios de pescado e outros gêneros nas ruas cariocas. A Região do Porto – hoje a Praça XV -, era colorida por diversas barracas abastecidas pelos barcos que chegavam a cidade. Contudo, o comércio que se fazia ali era informal até o ano de 1971, quando o Marquês do Lavradio autorizou o comércio; ganhando as características das feiras atuais.
Quem mora no bairro da Tijuca sabe que ali se encontram diversos produtos artesanais com qualidade e bom preço. Apesar do bairro ser conhecido pelo forte comércio e a presença marcante de grandes shoppings centers, a feira continua com muita oferta e bastante procura! É o que nos diz umas das mais antigas artesãs da feira. D. Wilma vende chinelos e pijamas na feirinha há mais de trinta anos, segundo ela, o carinho do povo tijucano é o que move este comércio.
- Houve uma época em que quiseram acabar com a nossa feirinha e os próprios moradores do bairro não permitiram que isto acontecesse. Aqui nosso público é fiel, tenho fregueses antigos que já levaram meus chinelos até mesmo para fora do Brasil. – declara.
Tradição, cultura e originalidade tornam a feirinha um mercado diferenciado. D. Sônia também, bem antiga na feira, trabalha bem esta questão do diferente. Ela borda bolsas e cada uma fica com um estilo diferente. Além disso, ela realiza aplicações de flores e retalhos podendo usar cerca de 70 pedacinhos de tecido, conferindo um mosaico colorido e original.
- Resolvi fazer algo ainda mais diferenciado e há cerca de um ano tenho quatro senhoras que bordam comigo as bolsas, deixando uma diferente da outra. Aqui nada fica igual! - revela
Esse é o intuito da feirinha; cada artesão desenvolve seu trabalho, têm seu espaço, convive em harmonia, atendendo a todos os gostos. Uma única volta na Praça pode significar presentes comprados para toda família neste Natal. Aproveitando as festas a feirinha terá o seu horário ampliado; funcionando também às quintas-feiras do mês de dezembro.
E agora, a feirinha conta com mais uma novidade; um site que mostra os acessos, mapas, os artesãos com seus produtos em diversas fotos, além de mostrar os personagens que contam esta história escrita pelo povo e para o povo. Cultura e arte que atravessam anos no bairro mostrando a força da cultura popular, dando um charme diferenciado às ruas do bairro da Tijuca.
Veja mais no novo site da feirinha: http://www.feirartedasaenspena.com/
Michele Rangel
Tradição e cultura que valorizam o bairro
A Feirarte III, a tradicional feirinha da Praça Saens Peña, encanta o bairro da Tijuca há mais de trinta anos. Administrada pela Secretaria Municipal de Cultura, com o apoio da Secretaria Municipal de Governo e regidas pela Lei 1.533/90; a feira funciona sextas e sábados de 08h às 18h e já faz parte do comércio da Praça, que nestes dias ganha um colorido todo especial.
Em Ipanema, na Praça General Osório, teve início a primeira Feirarte; quando artistas e artesãos sentiram a necessidade de terem um espaço para que pudessem expressar a sua arte livremente. Alavancada pelo movimento hippie - que teve seu auge nos anos 60 e 70 -, época em que cidade fervilhava com inúmeras manifestações culturais; a famosa Feira Hippie de Ipanema abriu as portas para que outras feirinhas fossem se espalhando pela cidade. Depois de Ipanema, surgiram a Feira Colonial da Praça XV, a da Praça do Lido, do Calçadão de Copacabana e a da Praça Saens Peña - que divulgam a cultura popular dos bairros que se encontram.
As feiras livres do Rio de Janeiro são tão antigas e se confundem com a história da própria cidade. Ainda na época colonial eram comuns comércios de pescado e outros gêneros nas ruas cariocas. A Região do Porto – hoje a Praça XV -, era colorida por diversas barracas abastecidas pelos barcos que chegavam a cidade. Contudo, o comércio que se fazia ali era informal até o ano de 1971, quando o Marquês do Lavradio autorizou o comércio; ganhando as características das feiras atuais.
Quem mora no bairro da Tijuca sabe que ali se encontram diversos produtos artesanais com qualidade e bom preço. Apesar do bairro ser conhecido pelo forte comércio e a presença marcante de grandes shoppings centers, a feira continua com muita oferta e bastante procura! É o que nos diz umas das mais antigas artesãs da feira. D. Wilma vende chinelos e pijamas na feirinha há mais de trinta anos, segundo ela, o carinho do povo tijucano é o que move este comércio.
- Houve uma época em que quiseram acabar com a nossa feirinha e os próprios moradores do bairro não permitiram que isto acontecesse. Aqui nosso público é fiel, tenho fregueses antigos que já levaram meus chinelos até mesmo para fora do Brasil. – declara.
Tradição, cultura e originalidade tornam a feirinha um mercado diferenciado. D. Sônia também, bem antiga na feira, trabalha bem esta questão do diferente. Ela borda bolsas e cada uma fica com um estilo diferente. Além disso, ela realiza aplicações de flores e retalhos podendo usar cerca de 70 pedacinhos de tecido, conferindo um mosaico colorido e original.
- Resolvi fazer algo ainda mais diferenciado e há cerca de um ano tenho quatro senhoras que bordam comigo as bolsas, deixando uma diferente da outra. Aqui nada fica igual! - revela
Esse é o intuito da feirinha; cada artesão desenvolve seu trabalho, têm seu espaço, convive em harmonia, atendendo a todos os gostos. Uma única volta na Praça pode significar presentes comprados para toda família neste Natal. Aproveitando as festas a feirinha terá o seu horário ampliado; funcionando também às quintas-feiras do mês de dezembro.
E agora, a feirinha conta com mais uma novidade; um site que mostra os acessos, mapas, os artesãos com seus produtos em diversas fotos, além de mostrar os personagens que contam esta história escrita pelo povo e para o povo. Cultura e arte que atravessam anos no bairro mostrando a força da cultura popular, dando um charme diferenciado às ruas do bairro da Tijuca.
Veja mais no novo site da feirinha: http://www.feirartedasaenspena.com/
Michele Rangel