Pesquisar este blog

terça-feira, 26 de junho de 2007

Paraty é cultura,literatura e charme num só lugar



Cidade histórica é palco do maior encontro literário do país no mês de julho.
Envolta pelo mar azul turquesa da baía da Ilha Grande e pelo verde da Mata Atlântica, Paraty é uma cidade mágica, repleta de história e beleza. Lugar que no passado foi “o caminho do ouro, hoje pode ser conhecida como o “caminho das artes”. Com uma arquitetura colonial, o centro histórico possui coloridas casas que enchem de charme a cidade que é palco de muitos encontros culturais.
A FLIP, Festa Literária Internacional de Parati, é o evento mais procurado da cidade e atualmente é conhecida mundialmente. Existe todo um cuidado para receber pessoas de todo canto e proporcionar um clima caloroso; pousadas e restaurantes já começam a ser procurados meses antes do evento. É uma atmosfera que a cada ano vem se consolidando fazendo com que o turismo na cidade cresça ainda mais.
Já passearam por suas famosas ruas de pedra alguns dos grandes nomes da literatura mundial, como: Salman Rushdie, Ian McEwan, Martin Amis, Margaret Atwood, Paul Auster, Anthony Bourdain, Jonathan Coe, Jeffrey Eugenides e outros. Dos brasileiros, já passaram por lá, Ariano Suassuna, Ana Maria Machado, Milton Hatoum, Millôr Fernandes, Ruy Castro, Ferreira Gullar, Luis Fernando Verissimo, Zuenir Ventura,Lygia Fagundeseoutros. O evento a cada ano homenageia um expoente brasileiro. O poeta e compositor Vinicius de Moraes foi o escolhido para 2003; o escritor João Guimarães Rosa foi o homenageado no ano seguinte. Em 2005, foi a vez da romancista Clarice Lispector; em 2006, a FLIP prestou homenagem ao escritor baiano Jorge Amado. Este ano será a vez de NelsonRodrigues. Mas não é só de literatura que a festa vive, a música brasileira também é prestigiada uma vez que, não há como negar que é uma de nossas maiores riquezas culturais. E neste quesito a festa passa a ser uma atração dentro da outra, pois já abriram a FLIP shows de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mônica Salmaso, Adriana Calcanhoto e José Miguel Wisnik. Este ano as boas-vindas ficarão por conta da Orquestra Imperial e João Donato.
Na Tenda dos Autores acontecem os eventos principais, contudo, paralelamente outros encontros se dão. Há uma oficina literária, destinada a jovens aspirantes a escritor que é realizada por grandes autores brasileiros. E as crianças também têm seu espaço na “Flipinha” em que jovens estudantes de Parati apresentam o resultado de seus trabalhos inspirados no universo literário e participam de palestras com autores convidados. Parati é uma cidade que está ali, a quatro horas do Rio de Janeiro e São Paulo, mas que possui um quê de cidade do mundo. É aquele lugar que está na lista das cidades que devem ser conhecidas por todos. Naturalmente linda, com uma arquitetura que mereceu seu tombamento e que respira cultura e arte. Portanto, façam as suas malas que a FLIP deste ano acontecerá de 04 a 08 de julho.
Para além da festa, fique mais e visite a costa de Paraty com suas ilhas e belas praias, montanhas que são um convite às trilhas ecológicas, o mágico teatro de bonecos, variedade de restaurantes especializados em frutos do mar e a autêntica pinga brasileira. Esta que já esteve em versos e prosas, como por exemplo, Carmem Miranda que cantou:
“Vestiu uma camisa listrada e saiu por ai em vez de tomar chá com torrada bebeu Paraty”
Como chegar: Paraty está localizada no estado do Rio de Janeiro a 236 Km da cidade do Rio e a 330 Km de São Paulo. A cidade possui uma pista de pouso apenas para helicópteros e aviões de pequeno porte. Cidade histórica é palco do maior encontro literário do país no mês de julho.
Envolta pelo mar azul turquesa da baía da Ilha Grande e pelo verde da Mata Atlântica, Paraty é uma cidade mágica, repleta de história e beleza. Lugar que no passado foi “o caminho do ouro, hoje pode ser conhecida como o “caminho das artes”. Com uma arquitetura colonial, o centro histórico possui coloridas casas que enchem de charme a cidade que é palco de muitos encontros culturais.
A FLIP, Festa Literária Internacional de Parati, é o evento mais procurado da cidade e atualmente é conhecida mundialmente. Existe todo um cuidado para receber pessoas de todo canto e proporcionar um clima caloroso; pousadas e restaurantes já começam a ser procurados meses antes do evento. É uma atmosfera que a cada ano vem se consolidando fazendo com que o turismo na cidade cresça ainda mais.
Já passearam por suas famosas ruas de pedra alguns dos grandes nomes da literatura mundial, como: Salman Rushdie, Ian McEwan, Martin Amis, Margaret Atwood, Paul Auster, Anthony Bourdain, Jonathan Coe, Jeffrey Eugenides e outros. Dos brasileiros, já passaram por lá, Ariano Suassuna, Ana Maria Machado, Milton Hatoum, Millôr Fernandes, Ruy Castro, Ferreira Gullar, Luis Fernando Verissimo, Zuenir Ventura,Lygia Fagundeseoutros. O evento a cada ano homenageia um expoente brasileiro. O poeta e compositor Vinicius de Moraes foi o escolhido para 2003; o escritor João Guimarães Rosa foi o homenageado no ano seguinte. Em 2005, foi a vez da romancista Clarice Lispector; em 2006, a FLIP prestou homenagem ao escritor baiano Jorge Amado. Este ano será a vez de NelsonRodrigues. Mas não é só de literatura que a festa vive, a música brasileira também é prestigiada uma vez que, não há como negar que é uma de nossas maiores riquezas culturais. E neste quesito a festa passa a ser uma atração dentro da outra, pois já abriram a FLIP shows de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mônica Salmaso, Adriana Calcanhoto e José Miguel Wisnik. Este ano as boas-vindas ficarão por conta da Orquestra Imperial e João Donato.
Na Tenda dos Autores acontecem os eventos principais, contudo, paralelamente outros encontros se dão. Há uma oficina literária, destinada a jovens aspirantes a escritor que é realizada por grandes autores brasileiros. E as crianças também têm seu espaço na “Flipinha” em que jovens estudantes de Parati apresentam o resultado de seus trabalhos inspirados no universo literário e participam de palestras com autores convidados. Parati é uma cidade que está ali, a quatro horas do Rio de Janeiro e São Paulo, mas que possui um quê de cidade do mundo. É aquele lugar que está na lista das cidades que devem ser conhecidas por todos. Naturalmente linda, com uma arquitetura que mereceu seu tombamento e que respira cultura e arte. Portanto, façam as suas malas que a FLIP deste ano acontecerá de 04 a 08 de julho.
Para além da festa, fique mais e visite a costa de Paraty com suas ilhas e belas praias, montanhas que são um convite às trilhas ecológicas, o mágico teatro de bonecos, variedade de restaurantes especializados em frutos do mar e a autêntica pinga brasileira. Esta que já esteve em versos e prosas, como por exemplo, Carmem Miranda que cantou:
“Vestiu uma camisa listrada e saiu por ai em vez de tomar chá com torrada bebeu Paraty”
Como chegar: Paraty está localizada no estado do Rio de Janeiro a 236 Km da cidade do Rio e a 330 Km de São Paulo. A cidade possui uma pista de pouso apenas para helicópteros e aviões de pequeno porte.
Michele Rangel

sexta-feira, 15 de junho de 2007


Não sabe brincar, sai da brincadeira!

O Centro Cultural do Banco do Brasil está com uma exposição denominada “Auto-retrato falado, o outro a partir de si próprio”. O visitante entra em cabines e pode fazer seu auto-retrato através de um programa que é utilizado pela polícia para construção do auto-retrato. Uma experiência lúdica que nos remete a reflexões mais profundas sobre a construção de nossa identidade nos dias de hoje. Será que sabemos quem somos?
É no mínimo intrigante a maneira como nos apresentamos aos demais. Existe sempre um constrangimento quando se vai conhecer alguém, por que brigamos com o que somos e com o que precisamos passar. Construímos imagens externas a nossa vontade, sempre interiorizando aqui e ali o que achamos que devíamos ser, devido a isso, esse quebra-cabeça sempre chega ao fim faltando uma peça, uma vez que, a nossa imagem transita entre o real e o ilusório.
Bom, pelo que percebo as pessoas começam mais ou menos assim: Início da brincadeira de ser “aceito”
- Meu nome é fulana de tal, tenho X anos, sou H, com especialização em Z fiz pós-graduação na Y, cursos no exterior e falo tantos idiomas - e aí vem uma falsa sensação de alívio - podendo ser qualquer a profissão, contudo mencionar as especializações é imprescindível e faz parte do regulamento. Como hoje o natural é competir sem muita ética, o jogo vai seguindo.....
Contudo num determinado momento as peças não começam a se encaixar, e ela sabe disso, mas continua a jogar, entretanto agora tentando se convencer - como se estivesse se auto-apresentando. Reafirmando estar no caminho certo a encenação continua...
- Na foto três por quatro ao lado, arrumei bem meus cabelos, esbocei um sorriso com um leve ar de seriedade e ergui ao máximo meu queixo para mostrar que estou de bem com a vida. Conteúdo e registro fotográfico encaixam-se perfeitamente no quesito da mulher bem sucedida! ( Alívio mesclado de confusão!)
E a ânsia pela vitória faz com que ela nem perceba que dela ali não existe mais quase nada. Imagino como esse jogo chegou ao fim. Me questiono se no fundo tal pessoa não preferia se apresentar de outra forma, ou pelo menos que nas entrelinhas essa fosse a realmente notada :
- Me chamo fulana de tal, nome que homenageia minha avó - para mim, motivo de orgulho; sou uma boa amiga, gosto de estar com pessoas, tenho lá minhas carências, as quais compenso de diversas formas, gosto de receber elogios, tenho objetivos, porém, algumas dúvidas e anseios. A foto ao lado diz muito pouco do ser humano retratado, afinal, entre a reprodução e realidade, há uma simulação apenas, um limite frágil e complexo demais.
Essa forma interior de resposta é bem mais difícil à medida que ela nos remete a quem realmente somos e não ao que desejamos mostrar. Por isso, que o jogo sempre fica incompleto e se perde ainda mais quando procuramos que os outros preencham as lacunas que nós deveríamos, porém não conseguimos mais.
Numa sociedade de aparências só falamos o que é superficial e passível de provas documentais, todavia a construção de nossa auto-imagem pode estar sobre areia movediça.
Alguns conseguem enxergar, mas porque não a maioria? A uniformização predatória dos valores e das formas existentes de ver o mundo baseadas em um materialismo exagerado não nos permite um olhar interior.
A sensibilidade é a maior carência do mundo de hoje e a peça que está faltando para completar esse quebra – cabeça. Assustam-me aqueles que se contentam apenas com aquilo que está fora e ainda persistem nesse jogo. Mas para quem sabe brincar, vale uma visita a exposição para encarar este jogo, talvez você possa conhecer facetas ainda desconhecidas da sua pessoa e possa refletir sobre a forma como passará isso ao mundo!
Centro Cultural do Banco do Brasil
Rua Primeiro de março, 66
Centro – Rio de Janeiro - RJ
Exposição de 29 de maio a 08 de julho de 2007.Terça a domingo, das 10h às 21h.

Michele Rangel





terça-feira, 12 de junho de 2007

A escada da fama de Jorge Selarón


O artista plástico chileno Jorge Selarón faz história no centro do Rio. O pintor auto didata já vive há quinze anos no bairro da Lapa onde conquista moradores, turistas e curiosos com a originalidade de seu trabalho.
Selarón revestiu a escadaria para o convento de Santa Teresa, na Rua Joaquim da Silva, um dos acessos da Lapa para o bairro de Santa Teresa. A escada possui duzentos e quinze degraus com dezesete lances. Cada degrau foi feito cuidadosamente para formar um mosaico de cerâmica nas cores verde, azul e amarelo - uma homenagem que ele diz fazer ao povo brasileiro.
A escadaria começou a ser feita em 1990 e ainda não terminou. Essa é segundo Selarón uma "obra mutante"- "Sempre que consigo azulejos antigos mais bonitos e sofisticados troco para que o visual da escada fique em constante mudança".
Os azulejos são encomendados da França, Alemanha, Holanda, Russia, Itália, Marrocos e mais de outros diversos países. A intenção é de que a escada se assemelhe a um "mosaico bizantino" mesclando assim, pouco da cultura do ocidente e do oriente, num pano de fundo bem brasileiro.
Selarón revelou que a idéia de revestir a escada surgiu ao terminar no pé desta um jardim de banheiras também realizada com azulejos. Além destas obras, o artista possui quadros espalhados por quase todos os restaurantes da redondeza.
A escadaria se transformou em ponto atrativo na Lapa. Existem guias turísticos que já a incluiram no seu roteiro. Como a guia turística de 29 anos, Cristina Castello Branco, que leva constantemente grupos para visitarem a escada. Ela revela que a obra disperta curiosidade dos estrangeiros que não só encontram alguma marca de seu país de origem como conhecem um pouco dos outros e se sentem respeitados . Além do mais, o artista está quase sempre por perto mostrando com orgulho suas mais recentes modificações.
Há mais de trinta anos fora de seu país, já pintou mais de quinze mil quadros em mais de cento e cinquenta exposições individuais. Saindo de Valparaíso, no Chile, ele esteve em mais de trinta países num compromisso pessoal de espalhar cultura e arte.
Sua pintura se caracteriza pelo uso expressivo dos tons marrom, preto e vermelho com tracos fortes e bem definidos. E existe uma personagem misteriosa que desde 1977 passou a integrar seus quadros. Trata-se de uma mulata grávida, mas o motivo de sua presença constante o artista não revela, apenas diz ser algo relacionado a seu passado.
Ultimamente Jorge Selarón começou a revestir painéis atrás dos Arcos da Lapa, espalhando sua marca pelo bairro. Em geral os moradores apreciam seu trabalho, pois valoriza a atrai turistas para a região. Por outro lado, há quem já considere que ele vêm exagerando na dose. Como o produtor André teixeira, que acredita que a escada contribui positivamente e leva arte para o bairro, mas que esse mesmo trabalho está repetitivo e que os últimos painéis já não são mais tão originais.
De qualquer forma, o artista é conhecido pelos meninos de rua, donos de restaurantes e butiquins, músicos da região, guias turísticos, entre outros. Possui um jeito simples, grande carisma, vive a boemia da Lapa e contrói a cada dia sua história nesse lugar. De acordo com Selarón, o Rio de janeiro e principalmente a Lapa são sua verdadeira casa e seus vizinhos formam a sua família brasileira.
Jorge selarón já viveu dois anos e meio na Europa, dois anos na cidade do México, um em Nova Iorque , mais um ano na Índia e sete anos no Panamá , mas elegeu o Brasil como seu porto seguro. O artista mora em uma casa simples em Santa Teresa, casou-se com uma brasileira e não pretende sair mais do Rio.
Sua história se confunde com a história da Lapa. E ele pretende continuar seu trabalho homenagiando o bairro e o povo do país como um todo. O artista plástico faz uma campanha onde pede para quem tiver azulejos interessantes e raros que o procurem. Dessa forma, ele pretende mudar sempre a cara do bairro através de sua arte, em constante mutação. O seu atelier fica na Escadaria do convento, 24. Vale a pena uma visita.
Michele Rangel





Falando do Conceito de Cultura



"Tudo é cultura?

Sim e não, dependendo de usarmos o conceito amplo de cultura ou o conceito restrito. Considerando, em primeiro lugar, o conceito amplo ou antropológico, cultura é o modo como indivíduos ou comunidades respondem às suas próprias necessidades e desejos simbólicos. O ser humano, ao contrário dos animais, não vive de acordo com seus instintos, isto é, regido por leis biológicas, invariáveis para toda a espécie, mas a partir da sua capacidade de pensar a realidade que o circunda e de construir significados para a natureza, que vão além daqueles percebidos imediatamente. A essa construção simbólica, que vai guiar toda ação humana, dá-se o nome de cultura. A cultura, nesse sentido amplo, engloba a língua que falamos, as idéias de um grupo, as crenças, os costumes, os códigos, as instituições, as ferramentas, a arte, a religião, a ciência, enfim, toda as esferas da atividade humana. Mesmo as atividades básicas de qualquer espécie, como a reprodução e a alimentação, são realizadas de acordo com regras, usos e costumes de cada cultura particular. Os rituais de namoro e casamento, os usos referentes à alimentação (o que se come, como se come), o preparo dos alimentos, o tipo de roupa que vestimos, a língua que falamos, as palavras de nosso vocabulário, tudo isso é regulado pela cultura à qual pertencemos. A função da cultura é tornar a vida segura e contínua para a sociedade humana. Ela é o "cimento" que dá unidade a um certo grupo de pessoas que divide os mesmos usos e costumes, os mesmos valores. Deste ponto de vista, portanto, podemos dizer que tudo o que faz parte do mundo humano é cultura. "
Profa. Dra. Maria Helena Pires Martins

Imagem: Obra "Operários" (1933), de Tarsila do Amaral
Esse texto na íntegra está no site Brasil Cultura e vale a pena ser lido para os que apreciam esse tema tão encantador, pois é muito elucidativo e interessante.
Boa Leitura!
Kátia Barros

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Aruanda

Trecho retirado do site do Grupo Aruanda de Danças Folclóricas. Estaremos nos aprofundando nas pesquisas nos próximos posts, mas através do texto abaixo podemos ter uma idéia da beleza das nossas danças, festas e manifestações culturais e da diversidade e complexidade de nossa cultura.
Abraços,
Kátia Barros


DANÇAS BRASILEIRAS


As manifestações populares tradicionais, representadas através das danças e músicas folclóricas, são mantidas pela tradição e transformadas pela dinâmica cultural. Através de sua pluralidade cultural representam a fé, a religião, a vida cotidiana, as diferenças étnicas, a relação do sagrado-profano e acima de tudo, a identidade cultural do povo no qual está inserida.
No Brasil, a diversidade cultural extrapola fronteiras geográficas, desta forma uma mesma manifestação pode ser encontrada em diversas regiões brasileiras, (ex.: a Festa do Boi; a dança lundu; a devoção de São Gonçalo; os grupos de Congado; a dança Cana Verde; a Cavalhada entre várias outras) porém, podem ser representadas em diferentes épocas do ano com variações locais quanto as suas expressões coreográficas, rítmicas e funcionalidade; ou seja, as razões culturais que contribuíram para que se tornassem tradicionais e ainda praticadas pela comunidade em questão.
Fonte: Site do Grupo Aruanda de Dança, excelente por sinal.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Cartola nosso mestre

Trailer do Documentário, Cartola, Música para os Olhos, em homenagem aos 100 anos de nascimento desse mestre do Samba

O Tambor e as Crioulas

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Danças - O Tambor de Crioula

Tambor da Crioula é uma das danças afro-brasileiras mais recorrentes no Maranhão, sendo caracterizada pela presença da umbigada, que recebe o nome de “punga”. Desenvolvida apenas por mulheres em formação circular, a coreografia é executada de forma individual e consta de sapateios e requebros voluptuosos, com todo o corpo, terminando com a “punga”, batida no abdômen de outro participante da roda. A punga é uma forma de convite para que outra dançarina assuma a evolução no centro da roda.
Os cantos são repetitivos, à semelhança de estribilho.

O ritmo é executado em três tambores feitos de tronco, escavados a fogo. O tambor grande é chamado Socador ou Roncador (faz a marcação para a punga); o médio, o Meão (responsável pelo ritmo); o pequeno, Pererenga ou Pirerê (faz o repicado).

SÓ NO MARANHÃO...

Na Terra das Palmeiras buritis, carnaúbas e babaçus, é o reduto da maior miscigenação de raças de todo o país. Com o plantio do algodão os negros chegaram a essa região e, posteriormente, formaram o primeiro quilombo da região, o Quilombo de Frechal. Com eles, chegou também, toda sua tradição mítico-religiosa que, associou-se aos traços culturais dos indígenas e dos europeus. Tais aglutinamentos unidos recriaram uma nova cultura que está identificada em cada passo das danças, das rezas e das festas dessa região.

O tambor de crioula é uma dança de rara beleza, com muitas referências nos cultos afro-brasileiros. Para maiores informações visite o site http://www.rosanevolpatto.trd.br/dancatamborcrioula.htm , muito interessante para quem gosta e pesquisa esse tema.

Acima um vídeo da Dança.

Kátia Barros

Festas - A Folia de Reis


A Folia de Reis é uma festa religiosa de origem portuguesa, que chegou ao Brasil no século XVIII. Em Portugal, em meados do século XVII, tinha a principal finalidade de divertir o povo, enquanto aqui no Brasil passou a ter um caráter mais religioso do que de diversão. No período de 24 de dezembro, véspera de Natal, a 6 de janeiro, Dia de Reis, um grupo de cantadores e instrumentistas percorre a cidade entoando versos relativos à visita dos reis magos ao Menino Jesus. Passam de porta em porta em busca de oferendas, que podem variar de um prato de comida a uma simples xícara de café. A Folia de Reis, herdada dos colonizadores portugueses e desenvolvida aqui com características próprias, é manifestação de rara beleza.Os preciosos versos são preservados de geração em geração por tradição oral.

INSTRUMENTOS:Os instrumentos utilizados são:viola, violão, sanfona, reco-reco, chocalho, cavaquinho, triângulo, pandeiro e outros instrumentos.

PERSONAGENS: Os personagens somam doze pessoas, todos os integrantes do grupo, trajam roupas bastante coloridas.sendo eles: mestre,contra-mestre,3 Reis Magos,palhaço,foliões.

1.O Mestre e Contra-mestre: dono de conhecimentos sobre a manifestação, é quem comanda os foliões.

2.O Palhaço: com seu jeito cínico e dissimulado, deve proteger o Menino Jesus, confundindo os soldados de Herodes. O seu jeito alegre e suas vestimentas coloridas são responsáveis pela distração e divertimento de quem assiste à performance.Representando o mal,usa geralmente máscara confeccionada com pele de animal e vai sempre afastado um pouco da formação normal da Folia, nunca adiantando-se à "bandeira". Apesar de seu simbolismo é personagem alegre que dança e improvisa versos, criando momentos de grande descontração.

3.Os Foliões :Composta de homens simples, geralmente de origem rural, são os participantes da festa, dão exemplo grandioso através de sua cantoria de fé.

4.Reis Magos: São 3 Reis Magos,fazem viagem de esperança, certos de encontrarem sua estrela.

A FESTA: Até há pouco, podia-se ouvir ao longe ou, com sorte, encontrar, vindo de bairro distante,um grupo especial de músicos e cantadores trajando fardamento colorido, entoando versos que anunciam o nascimento do menino Jesus e homenageiam os Reis Magos. Trata-se, naturalmente, da Folia de Reis que no período de 24 de dezembro a 6 de janeiro, dia de Reis, peregrina por ruas à procura de acolhida ou em direção a algum presépio. Com sanfona, reco-reco, caixa, pandeiro, chocalho, violão e outros instrumentos seguem os foliões pela noite adentro em longas caminhadas, levam a "bandeira" ( estandarte de madeira ornado com motivos religiosos ) a qual tributam especial respeito. Vão liderados por mestre e contra-mestre, figuras de relevância dentro da Folia por conhecerem os versos - São os puxadores do canto.ex:
Ó di casa, ó di fora/Qui hora tão excelente/É o glorioso santo Reis/Que é vem do oriente/Ó de casa, ó de casa/Alegra esse moradô/Que o glorioso santo Reis/Na sua porta chegô/Aqui está santo Reis
Meia-noite foras dóra/Procurou vossa morada/Pedino sua ismola/Santo Reis e Nossa Senhora/Foi passeá em Belém/São José pediu esmola/Santo Reis pede também.

Os foliões cumprem promessa de por sete anos consecutivos saírem com a Folia e arrecadam em suas andanças donativos para realizarem anualmente no dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, festa com cantorias e ladainhas. Durante a caminhada é carregada a "bandeira" do grupo, um estandarte de madeira enfeitado com motivos religiosos. O ponto alto da festa se dá quando dois grupos se encontram. Juntos, eles caminham em direção ao presépio da festa, o ponto final da caminhada.
Fonte: Site Cia de Danças Folclóricas Aruanda

O Arraiá Oficial do Rio

Pessoal,

Será realizado no Centro Cultural Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas um Mega São João com apresentação de quadrilhas de vários locais do Rio, bandas tradicionais nordestinas, barraquinhas com comidas típicas, concurso de quadrilhas, inclusive com a apresentação da maior quadrilha do planeta, a Sampaio, que existe há 51 anos, enfim tudo que está ligado à cultura nordestina estará por lá. O projeto está muito interessante e vale a pena dar uma conferida, pois os comerciantes da Feira estão trabalhando incansavelmente para realizar esta festa tão tradicional da melhor maneira possível.

Kátia Barros

terça-feira, 5 de junho de 2007

Ver o Rio de um outro ângulo


Foto : Riotur

C
om muito prazer recebi o convite para dividir esse democrático espaço com essas amigas boas da cabeça, e melhores ainda do pé.
Me chamo Jayme Rocha, 33 e jornalista, além de apaixonado por essa maravilhosa cidade. Bem, busco somar a time que já está ganhando, e interagindo com a graça das meninas, venho trazer dicas de programas culturais que façam muito bem à alma, sem que para isso necessariamente se maltrate o bolso.


Para início, que tal um passeio bem carioca e barato?!
Falo de Santa Teresa, ou "Santa" para os mais habitués, recanto da cidade que como outros tem sim, seus problemas é verdade, mas resiste heroicamente com seu charme e sua história.
Em Santa temos o "Parque das Ruínas", que administrado pela Prefeitura, reúne numa arquitetura surpreendente a perfeita união entre as ruínas de um casarão - com suas colunas em tijolos à mostra - à uma moderna estrutura moderna em aço, que eleva o visitante por suas escadas e mirantes, a deliciar-se com uma das mais belas vistas da cidade.
Não se paga nada pra usufruir desse espaço, tem um charmoso café no Térreo para aplacar um fome fora de hora - o atendente André, assim como a equipe são uma simpatia só - e pra azeitar mais ainda esse passeio, vá de bondinho, que sai do prédio da Petrobrás e custa incríveis R$0,60 a passagem e vamos ser francos, é uma delícia de se andar.

O Parque das Ruínas fica na Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa, Tel:2252-1039
e funciona de terça à domingo, das 10 às 20 horas.

Bem, vou ficando por aqui, desejando um bom passeio e ansioso pelo nosso próximo encontro. Até lá!

Jayme Rocha

Mulheres no Samba - Ana Costa

Mulheres no Samba
Falar de mulheres no samba é sempre muito interessante. É aquela voz doce e forte que marca qualquer roda de samba e faz a diferença., e assim é Ana Costa: uma cantora, instrumentista e compositora que vêm construindo há 15 anos uma carreira sólida, com muito carisma, simpatia e talento de sobra.
Das rodas de samba em Vila Isabel quando ela tocava num grupo só de mulheres ”O Roda” - onde participaram da gravação do CD Butiquim do Martinho (Sony) - até os dias de hoje, muitas coisas aconteceram em sua carreira. Sua pluralidade está presente em Meu Carnaval, seu primeiro CD solo, lançado em março de 2006 pela Zambo Discos, com produção de Bianca Calcagni.
Ana Costa foi eleita a revelação no 5º Prêmio Rival Petrobrás de Música. Participou do CD em homenagem a Mario Lago. Emplacou Olhos Felizes na programação da Radio MPB FM e também a musica Novos Alvos, parceria com Zélia Duncan e Mart´nália na voz de Paula Lima; além disso, foi considerada por Antonio Carlos Miguel como um dos talentos de 2006.
Este ano ela foi indicada como melhor cantora de samba e também melhor cantora no voto popular na 5ª edição do Prêmio Tim de Música. Com tudo isso, só podemos salvar a esta estrela que já brilha nesse seleto mundo que é o samba. Aos leitores do EPA um pouco sobre sua carreira e sua vida...

EPA Jornal – Com uma trajetória de 15 anos de carreira, como foi que você se descobriu uma cantora de samba?
Ana Costa: Primeiramente fui “atraída” para o samba através do Martinho da Vila e sua família. Ele produziu o Grupo Couer Sambá em que tinha como integrantes 2 de seus filhos. A partir daí comecei a trabalhar basicamente com samba como violonista e cantora.
EJ: Quais suas influências musicais?
AC:Minhas influências são muitas mas principalmente Martinho da Vila, Fundo de quintal, Candeia....a nossa madrinha Beth Carvalho e outros que não são exatamente do samba como Djavan, Marina Lima e as minhas parceiras Zélia Duncan e Martnalia .Tem uma galera nova que me identifico muito como a Fernanda Porto e a Paula Lima.
EJ: O samba vem atualmente aparecendo com muita força, vemos a revitalização da Lapa com muitas casas especializadas nesse ritmo, como você percebe este crescimento do samba no Rio de janeiro?
AC:Esse crescimento já acontece à um bom tempo, graças a Deus faço parte disso tudo! Percebo como um movimento natural já que o Rio de Janeiro como pólo cultural do Brasil já a um tempo vinha sofrendo com a falência de vários ambientes de música e entretenimento que geralmente estavam situados na Zona Sul. A Lapa sempre teve esse espírito da boemia incorporado nas suas ruas, vielas,esquinas, casarões (a maioria fechados, abandonados). Mas como tudo é cíclico o movimento voltou à Lapa primeiramente de uma forma bastante informal mas com verdade. Como eu acredito que tudo o que é verdadeiro perdura, essa verdade vigora até hoje levando milhares de pessoas semanalmente nesse novo velho bairro que é a Lapa com seus casarões reformados e oferecendo musica e serviço de qualidade.
EJ: Você já foi backing vocal de Martinho da Vila, Noca da Portela, Dorina, entre outros. Fale um pouco desta experiência?
AC:Foram experiências muito importantes pra mim principalmente pelo contato com a arte de cada um. Isso ajuda muito na hora de você formatar o teu próprio trabalho. Te traz experiência.
EJ: De que forma você procura inspiração para compor? Como é este processo?
AC:Inspiração no dia a dia, nas minhas andanças e experiências pessoais e também um pouco de fantasia somada a isso tudo!!
EJ: Que compositores você mais admira?
AC:Chico Buarque não vale...rs ,Paulo Cesar Pinheiro, Mauro Duarte alem do Arlindo Cruz, Sombrinha.. Gosto muito da dupla Marceu Veira e Tuninho Galante que fazem parte dessa nova “leva” de compositores e que eu tive a honra de gravar.
EJ:Você já dividiu palco com Beth Carvalho, Martinho da Vila, Jorge Aragão, Velha guarda da Portela, Leci Brandão, enfim, artistas de peso. Conte um pouco sobre isso e com quem ainda você gostaria de cantar.
AC:Sem dúvida foram grandes prazeres pra mim dividir o palco com esses ícones do samba. O que mais me encanta no samba é essa generosidade dos mais velhos com os mais novos. Atualmente quem faz a minha cabeça e que me dá o maior cartaz é o Arlindo Cruz. Todas as vezes que cantei com ele fiquei muito emocionada.E quando juntou Arlindo e Zélia Duncan??? Foi felicidade total.
EJ:Que show mais te marcou?
AC:Posso enumerar vários:Martinho da Vila com o Butiquim do Martinho no Tom Brasil, o show do meu grupo Roda de Saia com o João Nogueira como convidado no antigo Ballroom e mais recentemente o meu show no CCC que tinha como convidados a Zélia Duncan e o Arlindo Cruz.
EJ: Como surgiu o roda?
AC:O Roda surgiu numa época ingênua aonde todas éramos felizes tocando nos botequins dessa cidade. Um grupo que deu super certo!! Fizemos muitas coisas juntas e foi ali que realmente eu me lancei.
EJ:Vila Isabel sempre foi conhecida por ter muita roda de samba, como foi para você participar durante 11 anos de um grupo de apenas mulheres que tocavam samba?
AC:Vila Isabel hoje em dia vive muito em função da Escola de Samba. Os tempos são outros e naquela época as rodas de samba na rua eram muito comuns. Foi uma época de muito divertimento, muita alegria. Tenho grandes lembranças dessa época, do meu grupo, dos sonhos e anseios. Ali foi o começo de tudo pra mim. Vila Isabel é minha casa. E acredito que o Grupo O Roda foi de grande importância naquele contexto todo, fomos pioneiras.
EJ:Você foi eleita “cantora revelação”no 5º premio Rival Petrobrás BR, como foi esta experiência para você?
AC:Acho que a função de um prêmio é dar uma injeção de ânimo reafirmando e trazendo um certo reconhecimento a tudo aquilo que o artista sempre acreditou. Pra mim foi uma alegria só e com certeza me senti mais “animada” pra correr atrás do que acredito.
EJ:Fale um pouco sobre seu primeiro cd “Meu carnaval” lançado em 2006?
AC:Pois é....gravei esse Cd sem comprometimento com gravadoras, sem produtor “famoso”, etc. A maioria dos arranjos é meu. Tive apenas o cuidado de mostrar a minha sonoridade em comunhão perfeita com os músicos. Busquei o repertório com meus amigos de vida, de samba, de bar, que são grandes compositores. A fórmula é simples: fazer o que se gosta rodeada de amigos! Só isso. E deu certo!!!
EJ:Este ano você foi indicada como melhor cantora de samba e melhor cantora no voto popular na 5º edição do premio Tim de música. Conte um pouco sobre o que sentiu com esta indicação.
AC:Já havia falado da sensação de receber um prêmio. No caso do Prêmio Tim que é um prêmio de importância nacional, que segundo o próprio presidente da TIM foram recebidos cerca de 10 mil Cds....só tenho o que comemorar! Mais uma vez me sinto uma vencedora e fazendo um trabalho que só me deu prazer. E outra coisa: era Marisa Monte, Alcione e Eu!
EJ: O que é a música para você?
AC:É a minha vida, meu sonho e minha realidade.
EJ: Que música mais marcou sua vida?
AC:São tantas...vou citar uma lá de trás da galera do Clube da Esquina mas precisamente do meu ídolo Beto Guedes: LUMIAR. Essa música fez parte da minha vida na minha adolescência, justamente na minha fase de formação musical.
EJ: O que você diria para quem está começando a construir uma carreira no meio do samba.
AC:Diria pra ouvir muita música, não só samba, diria pra ir pras rodas de samba, diria pra se juntar com o povão, pra curtir muito o simples prazer de estar lá, e construir uma carreira calcada na verdade e na coerência.
EJ:O que é o sucesso para você?
AC:É as pessoas te reconhecerem na rua!!!rsrsrrs
Bate bola:

Uma música
Moleque Atrevido (Jorge Aragão)
Um cantor (a)
Tantinho da Mangueira
Um filme
Closer
Uma frase
Como diz meu parceiro Jorge Agrião: “Cada piloto na sua aeronave” rsrs
Um herói
Na altura do campeonato, só o Chapolin....tá ruim.
Um defeito
Preguiça
Uma qualidade
Lealdade
Um homem
Alceu Maia (meu cavaquinista)
Uma mulher
Marina Lima
O que você não faria de jeito nenhum
É tudo muito relativo.....quem me garante que o que não faria hj eu não possa fazer amanha??
Um medo
De doenças
Um sonho
Trabalhar com dignidade, sem desrespeito com a nossa classe.

Michele Rangel

FEIJÃO EM VERDE E ROSA


Fazendo a matéria... eu, Tata, Katinha e Ana...
Feijão em verde e rosa
Tradicional Feijoada da Família mangueirense homenageia baluartes do samba






Na verdade, existe uma polêmica quanto a origem da feijoada; a mais conhecida é a de que os senhores das fazendas de café, das minas de ouro e dos engenhos de açúcar davam aos escravos os "restos" dos porcos, quando estes eram carneados; alguns crêem que sua origem tem a ver com receitas portuguesas e ainda há os que sustentam que ela é inspirada em um prato francês, o cassoulet, que também leva feijão no seu preparo.
Contudo, mesmo tendo tantas versões sobre sua origem, uma coisa é unânime é a combinação perfeita apreciada por todo bom carioca. Para acrescentar um tempero a mais a esta mistura, o carioca introduziu o samba e a cerveja e, assim onde tem um, está o outro e a satisfação e alegria estão garantidas.
No palácio do samba, sempre no segundo sábado do mês acontece a tradicional feijoada da família mangueireinse, que conta com os organizadores Ivo Meirelles, presidente da bateria da Mangueira e o Stevie que garantem um ambiente de descontração, onde eles buscam homenagear grandes nomes do samba, reunindo a família e convidados de peso. A próxima feijoada será comandada pelo Grupo Karta Marcada e receberá ilustres participações como Farofa Carioca, e homenagens à Ilha do Governador e ao mestre do samba Tantinho de Mangueira, vencedor do prêmio TIM de melhor cd de samba, “Memórias em verde e rosa”.

- Este prêmio é mais que merecedor e receber Tantinho da Mangueira na nossa feijoada, homenageá-lo no lugar onde ele cresceu e ajudou a construir será uma honra. Ter também conosco a União da Ilha que precisa voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído e o Farofa Carioca, que é um grupo feito de bambas, só me faz bem, declara Stevie.

E será de fato um grande acontecimento. O Compositor e Intérprete, Tantinho é representante da quarta geração de compositores - uma das mais belas vozes do mundo do samba - e criou um repertório relembrando os antigos moradores do morro, resgatando suas raízes e fazendo uma pesquisa de grande relevância. O resultado disso está no cd que conta com participações especiais de Nelson Sargento, Mestre Xangô, Jurandir e Preto Rico e reúne composições dos anos 30 aos anos 60, tendo como exceção á faixa dedicada a D Neuma, que foi feita em 2000
Portanto, motivo é o que não falta para trazer a família e os amigos, se deliciar com uma feijoada de primeira qualidade e curtir um samba de gente grande feito por bambas. Vista-se de verde e rosa, dê uma chance à nostalgia e venha se contagiar com verdadeiros guerreiros, que com sua coragem, exemplo e talento nos dão a inspiração para manter viva a chama do samba!!!
Michele Rangel
Entrada: R$ 5,00
Classificação Etária: Livre
Feijoada - R$10,00
Estacionamento - R$ 5,00
Rua Visconde de Niterói - 1072 - Quadra da Mangueira

Toca de Assis, Amor incondicional


Fazer o bem não importe a quem
Toca de Assis é exemplo de caridade e vida pelas ruas do bairro


Quando falamos em ajudar os pobres, necessitados e fazer caridade a maior parte do tempo postergamos : O dia que eu tiver um tempo eu ajudo! Embora passe sempre na mente de um ou outro fazê-la, a vida por ganhos materiais, por ter sempre mais leva estes planos para o futuro.É como se pudéssemos deixar este assunto para um outro momento. Contudo, existem àqueles que pensam e fazem aqui e agora pelo outro. Um exemplo disto está bem perto de sua casa. Fundada pelo Padre Roberto os “Filhos da pobreza do santíssimo sacramento”, popularmente conhecida como a “Toca de Assis” presta assistência aos moradores de rua.
A Toca tem uma “espiritualidade franciscana”, isso significa dizer que, não chega a ser uma ordem franciscana, mas que vive das mesmas diretrizes, sendo mais uma ligação de amor. Na entidade não existem padres, se chega no máximo a frei ou freira e eles usam o hábito franciscano, o corte de cabelo e seguem aos três votos: pobreza, celibato e obediência, baseados em dois fundamentos; A adoração a Jesus e a ajuda aos pobres.
São cerca de 115 casas em todo país com 2.800 membros e cada estabelecimento possui um trabalho específico. Existem as casas que realizam o recolhimento dos moradores de rua e eles residem no local, (para tanto se separam as casas femininas e masculinas), as que cuidam de pessoas mais idosas e aquelas que realizam um trabalho de campo - indo as ruas oferecer ajuda.
Alan Ferreira, hoje frei Luiz Maria do Rosário, de 23 anos, desde os 17 resolveu se doar a Jesus. Inicialmente participou de encontros de jovens em igrejas, foi seminarista em Resende e por fim, descobriu em Osasco a Toca de Assis. O que chamou sua atenção foi à simplicidade com que viviam e sua completa doação, sendo assim, deixou o seminário e resolveu seguir nesta direção:

- Acordamos às 5h da manhã, lemos o terço e também temos três horas do dia voltadas a oração e meditação. Ajudamos aos pobres pois somos religiosos e seguimos os ensinamentos de Jesus de ajudar o próximo, pois o “próximo” é todo aquele que está caído, ferido e abandonado, declara.

Hoje ele integra a Casa Fraterna dos Bons Samaritanos, junto a mais seis jovens, onde oferecem café da manhã, dão almoço, fazem a barba, dão banho, cuidam das feridas e também vão às ruas realizando um trabalho de campo, com aqueles que por algum motivo não podem chegar na casa. A maioria do trajeto eles realizam a pé, contudo, receberam um trailer bem equipado - que permite que eles dêem banho e corte de cabelo, além da distribuição de comida - usado somente quando necessitam percorrer distâncias mais longas.
A casa vive de doações, tudo que é recebido é dividido entre eles e os irmãos de rua. Vale a pena uma visita para conhecer este nobre trabalho. A Casa Fraterna Bom Samaritano fica à Avenida Paulo de Frontin, 378, Rio Comprido. Tel: 2292-6555.

Festas Juninas

A origem das festas juninas

De herança Portuguesa, acrescida de costumes franceses, acredita-se que estas festas têm origens no século XII, na região da França, com a celebração dos solstícios de verão (dia mais longo do ano, 22 ou 23 de junho), vésperas do início das colheitas. O ciclo das festas juninas gira em torno de três datas principais: 13 de junho, festa de Santo Antônio; 24 de junho, São João e 29 de junho, São Pedro - santos que são efusivamente comemorados em todo o Brasil, desde o período colonial.
No nordeste brasileiro, principalmente, estes santos são reverenciados e pode-se dizer que a importância destas festas, para as populações nortista e nordestina, ultrapassa a do Natal e movimentam mais gente que o nosso famoso Carnaval. Os arraiais em municípios do interior são confraternizações pequenas, mas em outros já se transformaram em megaeventos que fazem moda, chegando a reunir até 1 milhão de turistas ao longo do mês.O circuito junino do Nordeste é hoje uma atração muito procurada e já atrai brasileiros de todas as outras regiões. Caruaru, em Pernambuco e Campina Grande, na Paraíba, disputam o título da melhor festa do país. A primeira é conhecida como "capital do forró" e a outra como "o maior São João do mundo".
Mas não é só por lá que a fogueira queima até o dia raiar, de norte a sul do Brasil comemoram-se os santos juninos, com comidas típicas, danças, quadrilhas e muita animação. Uma festa que vem de longa data e que cada vez mais mostra que suas raízes perduram até os dias de hoje. Portanto, é hora de dançar forró, disputar as quadrilhas e aproveitar muito porque para repetir a dose será necessário aguardar o ano que vem chegar.

Michele Rangel

domingo, 3 de junho de 2007