quarta-feira, 30 de maio de 2007
Feijoada na Mangueira
G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA
No Dia 09 de JUNHO de 2007, das 12h às 18h.
APRESENTA:
A TRADICIONAL FEIJOADA DA FAMÍLIA MANGUEIRENSE !
E, DESTA VEZ, O GRANDE CANTOR E COMPOSITOR!
TANTINHO DA MANGUEIRA, PRÊMIO TIM COM CD MEMÓRIA EM VERDE E ROSA
E NADA MAIS JUSTO REVERENCIAR ESSE BALUARTE DO SAMBA.
HOMENAGEM: - Ao CD Memória em Verde e Rosa Prêmio TIM
- Nossa querida Ilha do Governador
- AO GRUPO FAROFA CARIOCA
Esperamos você e sua família! Vista-Se de verde e rosa, dê uma chance à nostalgia e venha se contagiar com verdadeiros guerreiros, que com sua coragem e determinação, nos dão a inspiração para manter viva a chama do samba!!!
Apresentação:
Grupo karta Markada
Organização: Stevie & Ivo Meirelles - (Stevie 7829-2571)
Assessoria do Evento: Celia Abend
Comunicação: Pedrinho da Mangueira
Divulgação: Chico da Curimba chicodacurimba_7@yahoo.com.br - 9836-9957
Assessoria de Imprensa: Márcia Rosário/Freecom Comunicação
APOIO: ALA DOS PIRIQUITOS DA MANGUEIRA (75 anos)
Avisos importantes:
Entrada: R$ 5,00
Classificação Etária: Livre
Feijoada - R$10,00
Estacionamento - R$ 5,00
Rua Visconde de Niterói - 1072 - Quadra da Mangueira
terça-feira, 29 de maio de 2007
O frevo ultrapassa fronteiras
O frevo que surgiu das marchas, maxixes e dobrados, nas ruas do Recife, nos fins do século XIX e início do século XX, fará em 2007, cem anos de existência. O ritmo efervescente que toma conta do carnaval pernambucano é incrementado por uma dança de passos e saltos acrobáticos e possui suas raízes nas quadrilhas européias e nas bandas militares do século passado. A irreverência do carnaval pernambucano é vista nas ruas de Recife e nas ladeiras de Olinda, onde todos dançam ao ritmo do frevo, numa alegria contagiante, que faz qualquer um querer fazer o passo.
A palavra “Frevo” tem origem no termo ferver, contudo, o povo na sua simplicidade dizia “frever” e assim, o nome foi se adaptando. Também são inúmeras as suas subdivisões, podendo se tratar apenas da versão instrumental que se denomina o Frevo de Rua. O frevo canção ou marcha canção já alia ao instrumental uma canção, como o próprio nome diz e ainda existe o Frevo de bloco ou marcha de bloco que é executado por orquestras de Pau e Corda e conta com a presença de corais femininos.
Contudo, muitos clássicos da música pernambucana, por exemplo, nunca passaram das fronteiras nordestinas, apesar de terem tremendo êxito de público em Pernambuco. E é exatamente como cantou Alceu Valença, com a experiência e a vivência de quem entende do assunto: - “Bom demais, bom demais, bom demais, bom demais, menina vamos nessa que o frevo é bom demais”. O cantor pernambucano foi um dos artistas que contribui muito para que este ritmo ficasse conhecido em locais como o Rio de Janeiro, fazendo com que muitos cariocas conhecessem a música que ferve em sua terra natal.
Cada iniciativa de se tornar conhecido àquilo que muitas vezes fica enraizado em seu lugar de origem ou preso a uma determinada época específica deve ser louvada. Sabemos que a tradição é uma só, ela existe em seu lugar e vai se recriando de tempos em tempos, pelo povo e para o povo.
Michele Rangel
Rodas da Cidade
Existe uma Roda de Samba aqui no Rio de Janeiro que se realiza num horário superconvencional: segunda-feira à partir das 13hs. Esse samba ficou conhecido como samba dos trabalhadores... mas tem se tornando um local de reunião de músicos e sambistas da melhor qualidade. Afinal, é um dos poucos horários que a classe tem para se reunir. A Roda é no tradicional Clube Renascença, nas imediações do bairro da Tijuca, e é capitaneada por Moacyr Luz. Semana que vem vou tentar tirar umas fotos por lá!
Beijocas,
Kátia
segunda-feira, 28 de maio de 2007
MARACATU NAÇÃO
Maracatu de Baque Virado
Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatus de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do Congo, implantada no Brasil pelos portugueses. O mais remoto registro sobre Maracatu data de 1711, de Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do rei: o Maracatu.
Parece que a palavra "maracatu" primeiro designou um instrumento de percussão e, só depois, a dança que se dançava ao som deste instrumento. Os cronistas portugueses chamavam aos "infiéis" de nação, nome que acabou sendo assumido pelo colonizado. Os próprios negros passaram a autodenominar de nações a seus agrupamentos tribais. As nações sobreviventes descendem de organizações de negros deste tipo, e nos seus estandartes escrevem CCMM (Clube Carnavalesco Misto Maracatu).
Para Mário de Andrade a origem da palavra maracatu é americana: maracá=instrumento ameríndio de percussão; catu=bom, bonito em tupi; marã=guerra, confusão. Marãcàtú, e depois maràcàtú valendo como guerra bonita, isto é, reunindo o sentido festivo e o sentido guerreiro no mesmo termo.
Do Maracatu Nação participam entre 30 e 50 figuras. Entre elas estão o Porta-Estandarte, trajado à Luís XV (como nos clubes de frevo), que conduz o pavilhão e, ao seu lado, traz uma baliza ou um ajudante. Atrás, vêm as Damas do Paço, cinco ou dez delas, as de maior importância no bailado, e que carregam as Calungas, que são bonecos de origem religiosa, do Congo, reminiscência de cultos fetichistas.
A dança executada com as Calungas tem caráter religioso e é obrigatória na porta das Igrejas, representando um "agrado" à Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito. Quando o Maracatu visita um terreiro homenageia os Orixás.
Depois das Damas do Paço segue a corte: Duque e Duquesa, Príncipe e Princesa, um Embaixador (nos Maracatus mais pobres o Porta-estandarte vale como Embaixador).
A corte abre alas para o Rei e a Rainha, que trazem coroas douradas e vestem mantos de veludo bordados e enfeitados com arminho. Nas mãos trazem pequenas espadas e cetros reais. O Rei é coberto por um grande pálio encimado por uma esfera ou uma lua, transportado pelo Escravo que o gira entre suas mãos, lembrando o movimento da Terra. O uso deste tipo de guarda-sol é costume árabe, ainda hoje presente em certas regiões africanas.
Alguns Maracatus incluem nesse trecho do cortejo também meninos lanceiros, vestidos como guardas-romanos, com capacete de metal. Outros, não dispensam a figura do Caboclo de Pena, que representa o indígena brasileiro e tem coreografia complicadíssima. Enquanto dança ao redor do cortejo, emite sons estranhos, imitando pássaros selvagens, e produz estalos secos e rápidos com seu arco e flecha.
A orquestra do Maracatu Nação é composta apenas por instrumentos de percussão: vários tambores grandes (zabumbas), caixas e taróis, ganzás e um gonguê (metalofone de uma ou duas campânulas, percutidas por uma vareta de metal). O Mestre de Toadas "puxa" os cantos, e o coro responde. As baianas têm a responsabilidade de cantar, outras vezes, são os caboclos, mas todos os dançarinos também podem participar.
Este Maracatu mais tradicional é chamado de Baque Virado porque este termo é sinônimo de um dos "toques" característicos do cortejo.
Os Maracatus de Baque Virado sempre começam em ritmo compassado, que depois se acelera, embora jamais alcance um andamento muito rápido. Antes de se ouvir a corneta ou o clarim, que precedem o estandarte da Nação, é a zoada do "baque" que anuncia, ao longe, a chegada do Maracatu.
O Maracatu se distingue das outras danças dramáticas e das danças negras em geral pela sua coreografia. Há uma presença forte de uma origem mística na maneira com que se dança o Maracatu, que lembra as danças do Candomblé baiano. Balizas e Caboclos dançam todo o cortejo. Baianas e Damas do Paço têm coreografias especiais. Todos os outros se movimentam mais discretamente.
Caboclos e Guias fazem muitas acrobacias, que parecem com os passos dos frevos de carnavalescos. Mário de Andrade descreve a dança das baianas: “Embebedadas pela percussão, dançam lentas, molengas, bamboleando levemente os quartos, num passinho curto, quase inexistente, sem nenhuma figuração dos pés. Os braços, as mãos é que se movem mais, ao contorcer preguiçoso do torso. Vão se erguendo, se abrem, sem nunca se estirarem completamente no ombro, no cotovelo, no pulso, aproveitando as articulações com delícia, para ondularem sempre. Às vezes, o torso parece perder o equilíbrio e lerdamente vai se inclinando para uma banda, e o braço desse lado se abaixa sempre também, acrescentando com equilíbrio o seu valor de peso, ao passo que o outro se ergue e peneira no ar numa circulação contínua e vagarenta...”
Nação do Maracatu Elefante, Recife - Pernambuco
Algumas considerações
Todos que curtem assuntos culturais sabem que nosso país é muito rico, com muitas danças típicas, muitos grupos folclóricos, muito papo cultural. A proposta do Blog e estar colocando aqui um trabalho para divulgar esses grupos e eventos que estejam enquadrados dentro do tema cultura. Estamos fazendo pesquisas variadas e a princípio estaremos falando sobre os grupos folclóricos, jongo, maracatu. Estou contando com a colaboração de todos para que nosso blog fique cada dia melhor, com informações de qualidade. No próximo post, estarei falando sobre o Maracatu.
Beijocas
Kátia
domingo, 27 de maio de 2007
O Samba Reggae - Mais Bahia...
Samba Reggae
É um estilo de samba que teve origem na Bahia no ano 2000. Na década de 1980 havia manifestações culturais de batidas latinas misturadas com axé music e melodias parecidas com reggae, porém isso não foi suficiente para definir o estilo. Por volta de 2000, grupos como Gera Samba e Cidade Negra, além da famosa cantora Daniela Mercury, resgataram estas manifestações. Neste momento surgiu o Samba Reggae que, por sua vez, evoluiu introduzindo instrumentos comuns em músicas de origem latina e instrumentos de samba como pandeiro e tambor, além de guitarra ou viola eletrônica no lugar do cavaquinho. O Samba Reggae é um samba essencialmente praiano, que narra as situações da vida dos seus autores (geralmente negros) como personagens de praia.
Artistas e grupos famosos: Gera Samba, Cidade Negra, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Armandinho, Inimigos da HP
Outras variantes
Samba de roda
É uma dança ritual preservada em algumas cidades baianas, com algumas variações... falaremos mais tarde.
Samba rock
um estilo musical com fortes influências do funk e soul.
Fonte: Wikipédia, 2007
Espero que gostem e posteriormente estaremos fazendo as matérias dos movimentos cultuais hoje, como andam essas histórias...
Beijocas
Katia Barros
Heitor dos Prazeres, um dos Pintores do Samba
Lendária figura da fase pioneira do samba, nasceu no Rio de Janeiro e cresceu na zona do Mangue e da Praça Onze, trabalhando desde os 7 anos de idade e tendo inclusive sido preso por vadiagem aos 13. Freqüentava as primeiras rodas de samba e macumba na famosa casa da Tia Ciata e foi um dos fundadores da escola de samba Vai Como Pode, que mais tarde virou Portela, nos anos 20. No final dessa década desenvolveu uma rixa com Sinhô, o Rei do Samba, por causa da autoria de algumas músicas, que Sinhô teria se apropriado indevidamente, como "Gosto que Me Enrosco", grande sucesso na voz de Mário Reis. Por causa da disputa Heitor dos Prazeres compôs dois sambas satíricos, como protesto: "Olha Ele, Cuidado!" e "Rei dos Meus Sambas". Na década de 30 teve sambas gravados pelos grandes cantores do rádio, como Mário Reis (que gravou "Deixaste Meu Lar") e Francisco Alves (que gravou "Mulher de Malandro"). Um de seus maiores sucessos foi "Pierrô Apaixonado", parceria com Noel Rosa, gravada em 1936 por Joel e Gaúcho, com arranjo de Pixinguinha e acompanhamento da orquestra Diabos do Céu. Outras músicas também populares foram "Lá em Mangueira" (com Herivelto Martins) e "Canção do Jornaleiro". Passou a trabalhar na rádio, criando o grupo Heitor e Sua Gente e mais tarde integrou outros conjuntos de samba, como o Grupo Carioca, que contava com Cartola e Paulo da Portela. Nos anos 50 trabalhou como produtor e ritmista na Rádio Nacional. Teve expressiva atuação também como pintor, participando de exposições. Em 1999, o Museu de Belas Artes, no Rio, realizou a mostra "As Três Artes de Heitor dos Prazeres", destacando sua atuação como pintor, poeta e compositor.
Katia Barros
Jongo, Ancestral do Samba
Quando os negros foram trazidos para o Brasil, trouxeram como bagagem suas práticas sociais, entre elas: a música, a dança e a religião. A música para eles, tinha conotação tanto religiosa como festiva e geralmente era associada a dança e ao canto.
É evidente, que com o passar do tempo, todas estas práticas foram sofrendo modificações ou ajustes, uma vez que, mesclou-se com a cultura do povo que aqui já habitava, passando então, a abordar novos temas. Também foram utilizados para estas evoluções, instrumentos europeus e indígenas, pelo seu fácil acesso e sobretudo, foi adotada a língua portuguesa, como língua de expressão.
Jongo é portanto, uma dança de origem afro-brasileira, do mesmo tronco do batuque, ambos ancestrais do samba e do pagode. O Jongo formou-se nas terras por onde andou o café. Surgiu na Baixada Fluminense, subiu a Mantiqueira.
Em Taubaté, São Luís do Paraitinga, Pindamonhangaba e Cunha, encontram-se os últimos redutos de jongueiros do Vale Paulista, no momento, em fase de revivescência. Estruturado em roda, em torno de uma fogueira que ajuda a manter a afinação dos tambores, acontece hoje em praças públicas, da mesma forma que, outrora, acontecia nos terreiros. Com ela, os participantes homenageiam São Benedito e os antepassados negros.
Na dança participam homens e mulheres alternados. No centro da roda, se posiciona um solista, um jongueiro, que canta sua canção, o “ponto”. Os demais respondem em coro de algumas vozes, fazendo movimentos laterais e batendo palmas, nos lugares. O solista improvisa passos movimentando todo o seu corpo.
O instrumental é composto geralmente, por dois tambores, um grande, o Tambu e um menor, o Candongueiro. Encontramos ainda: uma Puíta, a nossa tão conhecida cuíca artesanal; um chocalho, o Guaiá, feito de folhas-de-flandes ou latas usadas. A execução do Tambu é feita com o tocador montado sobre ele, batendo no couro com as mãos espalmadas. Já o Candongueiro fica preso à cintura do tocador, que permanece de pé ou sentado. E o Guaiá é tocado pelo solista porém pode passar de mão em mão na roda, se assim ele o desejar. Ultimamente, têm-se visto violões e cavaquinhos no acompanhamento e alguns conjuntos de jongo usam até mesmo instrumentos de sopro em suas apresentações.
As melodias são construídas com o uso de poucos sons. A dificuldade reside no texto literário dos “pontos”, pois são todos enigmáticos, metafóricos. A inexistência de textos de sentido simbólico, que dá às palavras uma semântica peculiar aos jongueiros, parece ter tido origem durante a escravidão, quando os negros necessitavam transmitir informações indecifráveis pelos senhores.
O ponto pode ser cantado, rezado ou gungurado, isto é, usando a técnica erudita da "boca chiusa" - sussurro, murmúrio.
O jongo tem início sempre com uma louvação, acompanhada com muito respeito por todos os participantes. Em seguida são cantados os “pontos”, baseados em um verso curto e fácil de ser cantado, que nem sempre são improvisados, pois há aqueles tradicionais que correm o mundo. O ajuste das palavras à música é regulado por compassos fortes.
Quando o solista quer desafiar alguém, canta o “ponto de demanda”; este deverá decifra-lo, cantando a resposta: fala-se então que “desatou o ponto”. Se não for decifrado, diz-se que “ficou amarrado”. Neste caso, o jongueiro “amarrado” pode passar por várias situações humilhantes e vexatórias, como cair no chão desacordado, ficar sem voz, ou não conseguir andar. É no domínio desse aspecto que se estabelece a hierarquia existente entre os participantes: “cumba” é termo que define os pretos-velhos, antigos na idade e na prática dessa expressão, mestres na arte do improviso, do “amarrar” e do “desatar pontos”.
O decifrador deve colocar a mão em um dos tambores e gritar “cachoeira” ou “machado” ocasião em que todos se calam. Em seguida canta a resposta.
Durante o jongo não há práticas fetichistas nem movimentos convulsivos na dança, mas ela é aproveitada veladamente, em ambientes mais tradicionais, para contatos sutis com a magia, que podem resultar da essência da dança ou ser uma assimilação posterior.
Segundo Edir Gandra, autora de Jongo da Serrinha: do terreiro aos palcos (Rio de Janeiro: GGE/UNI-RIO, 1995),
"o jongo é uma dança de roda, da qual participam homens e mulheres, realizada ao ar livre e à noite; conta a tradição oral dos jongueiros que era dançada pelos escravos, que a transmitiram a seus descendentes”
O jongo era uma "brincadeira" permitida pelos senhores, já que outros ajuntamentos dos negros, para os brancos, poderiam resultar em movimentos revoltosos. Assim preservou-se essa expressão folclórica até os dias atuais.
Hoje, encontramos no Grupo Cultural Jongo da Serrinha, formado pela quinta geração de jongueiros e por crianças e jovens da comunidade sob a liderança de Tia Maria do Jongo, um excelente trabalho de divulgação e preservação do patrimônio afro-brasileiro. Parabéns a todos!
Ocorrência:
Cunha, Lagoinha, Pindamonhangaba, São Luís do Paraitinga, Taubaté.
O jongo é uma das mais ricas heranças da cultura negra presente em nosso folclore, pois então, NÃO VAMOS DEIXAR ESTE SONHO ACABAR!
Falaremos posteriormente do Jongo da Serrinha e do processo para torná-lo um bem imaterial da humanidade, processo ainda no IPHAN
Kátia Barros
Bossa Nova
Bossa Nova, um sambinha diferente...
A palavra bossa apareceu pela primeira vez na década de 1930, em Coisas Nossas, samba do popular cantor Noel Rosa: O samba, a prontidão/e outras bossas,/são nossas coisas(...). A expressão bossa nova passou a ser utilizada também na década seguinte para aqueles sambas de breque, baseado no talento de improvisar paradas súbitas durante a música para encaixar falas.
Alguns críticos musicais destacam a grande influência que a cultura estadunidense do Pós-Guerra combinada ao impressionismo erudito, de Debussy e Ravel, teve na bossa nova, especialmente do jazz. Além disso, havia um fundamental inconformismo com o formato musical de época,
Um embrião do movimento, já na década de 1950, eram as reuniões casuais, frutos de encontros de um grupo de músicos da classe média carioca em apartamentos da zona sul, como o de Nara Leão, na Avendia Atlântica, em Copacabana. Nestes encontros, cada vez mais frequëntes, a partir de 1957, um grupo se reunia para fazer e ouvir música. Dentre os participantes estavam novos compositores da música brasileira, como Billy Blanco, Carlos Lyra, Roberto Menescal e Sérgio Ricardo, entre outros. O grupo foi aumentando, abraçando também Chico Feitosa, João Gilberto, Luiz Carlos Vinhas, Ronaldo Bôscoli, entre outros.
Primeiro movimento musical brasileiro egresso das faculdades, já que os primeiros concertos foram realizados em âmbito universitário, pouco a pouco aquilo que se tornaria a bossa nova foi ocupando bares do circuito de Copacabana, no chamado Beco das Garrafas. No final de 1957, numa destas apresentações, participaram Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Sylvia Telles, Roberto Menescal e Luiz Eça, onde foram anunciados como "(...)grupo bossa nova apresentando sambas modernos"[1].
Início oficial
Movimento que ficou associado ao crescimento urbano brasileiro -implusionado pela fase desenvolvimentista da presidência de Juscelino Kubitschek (1955-1960)-, a bossa nova iniciou-se para muitos críticos quando foi lançado, em agosto de 1958, um compacto simples do violonista baiano João Gilberto (considerado o papa do movimento), contendo as canções Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Bim Bom (do próprio cantor).
Meses antes, João participara de Canção do Amor Demais, um álbum lançado em maio daquele mesmo ano e exclusivamente dedicado às canções da iniciante dupla Tom/Vinicius, interpretado pela cantora fluminense Elizeth Cardoso. De acordo com o escritor Ruy Castro (em seu livro Chega de saudade, de 1990), este LP não foi um sucesso imediato ao ser lançado, mas o disco pode ser considerado um dos marcos da bossa nova, não só por ter trazido algumas das mais clássicas composições do gênero -entre as quais, Luciana, Estrada Branca, Outra Vez e Chega de Saudade-, como também pela célebre batida do violão de João Gilberto, com seus acordes dissonantes e inspirados no jazz norte-americano -influência esta que daria argumentos aos críticos da bossa nova.
Outras das características do movimento eras suas letras que, contrastando com os sucessos de até então, abordavam temáticas leves e descompromissadas -exemplo disto, Meditação, de Tom Jobim e Newton Mendonça. A forma de cantar também se diferenciava da que se tinha na época. Segundo o maestro Júlio Medaglia, "desenvolver-se-ia a prática do canto-falado ou do cantar baixinho, do texto bem pronunciado, do tom coloquial da narrativa musical, do acompanhamento e canto integrando-se mutuamente, em lugar da valorização da 'grande voz'"[2].
Em 1959, era lançado o primeiro LP de João Gilberto, Chega de saudade, contendo a faixa-título - canção com cerca de 100 regravações feitas por artistas brasileiros e estrangeiros. A partir dali, a bossa nova era uma realidade. Além de João, parte do repertório clássico do movimento deve-se as parcerias de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Além de Chega de saudade, os dois compuseram Garota de Ipanema, outra representativa canção da bossa nova, que se tornou a canção brasileira mais conhecida em todo o mundo, depois de Aquarela do Brasil (Ary Barroso), com mais de 169 gravações, entre as quais de Sarah Vaughan, Stan Getz, Frank Sinatra (com Tom Jobim), Ella Fitzgerald entre outros. É de Tom Jobim também, junto com Newton Mendonça, as canções Desafinado e Samba de uma Nota Só, dois dos primeiros clássicos do novo gênero musical brasileiro a serem gravados no mercado norte-americano a partir de 1960.
Reconhecimento
Com o passar dos anos, a bossa nova que no Brasil era inicialmente considerada música de "elite" (cultural), tornou-se cada vez mais popular com o público brasileiro, em geral. Em 1962, foi realizado um histórico concerto no Carnegie Hall de Nova Iorque, consagrando mundialmente o estilo musical. Deste espetáculo, participaram entre outros Tom Jobim, João Gilberto, Oscar Castro Neves, Agostinho dos Santos, Luiz Bonfá, Carlos Lyra, Sérgio Mendes, Roberto Menescal, Chico Feitosa, Normando Santos, Milton Banana, Sérgio Ricardo, além de artistas que pouco tinham a ver com a bossa nova, como o pianista argentino Lalo Schifrin.
Mudanças
Em meados da década de 1960, o movimento apresentaria uma espécie de cisão ideológica, formada por Marcos Valle, Dori Caymmi, Edu Lobo, Francis Hime e Joyce e estimulada pelo Centro Popular de Cultura da UNE. Inspirada em uma visão popular e nacionalista, este grupo fez uma crítica das influências do jazz estadounidense na bossa nova e propôs sua reaproximação com compositores de morro como o sambista Zé Ketti. Um dos pilares da bossa, Carlos Lyra, aderiu a esta corrente, assim como Nara Leão que promoveu parcerias com artistas do samba como Cartola e Nelson Cavaquinho e baião e xote nordestinos como João do Vale. Nesta fase de releituras da bossa nova, foi lançado em 1966 o antológico LP "Afro-sambas, de Vinicius de Moraes e Baden Powell.
Entre os artistas que se destacaram nesta segunda geração (1962-1966) da bossa nova estão Paulo Sérgio Valle, Edu Lobo, Ruy Guerra, Pingarilho, Marcos Vasconcelos, Dori Caymmi, Nelson Motta, Francis Hime, Wilson Simonal, entre outros.
Fim do movimento, da bossa à MPB
Um dos maiores expoentes da bossa nova comporia um dos marcos do fim do movimento. Em 1965, Vinícius de Moraes compôs, com Edu Lobo, Arrastão. A canção seria defendida por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira (da extinta TV Excelsior), realizado no Guarujá naquele mesmo ano. Era o fim da bossa nova e o início do que se rotularia MPB, gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira até o início da década de 1980 - época em que surgiu um pop/rock nacional renovado.
A MPB nascia com artistas novatos, da segunda geração da bossa nova, como Geraldo Vandré, Edu Lobo e Chico Buarque de Holanda, que apareciam com freqüência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do II Festival de Musica Popular Brasileira, realizado em São Paulo em 1966, Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da bossa em MPB.
Legado
Hoje em dia, inúmeros concertos dedicados à bossa nova são realizados, entre os quais, entre 2000 e 2001, os intitulados 40 anos de Bossa Nova, com Roberto Menescal e Wanda Sá.
O fim cronológico da bossa não significou a extinção estética do estilo. O movimento foi uma grande referência para gerações posteriores de artistas, do jazz (a partir do sucesso estrondoso da versão instrumental de Desafinado pela dupla Stan Getz e Charlie Byrd) a uma corrente pós-punk britânica (de artistas como Style Council, Matt Bianco e Everything But the Girl), de Caetano Veloso a Cazuza.
Seu legado é valioso, deixando várias jóias da música nacional, dentre as quais Chega de Saudade, Garota de Ipanema, Desafinado, O barquinho, Eu Sei Que Vou Te Amar, Se Todos Fossem Iguais A Você.
A Bossa Nova vai ser um capítulo semparado do Blog, porque eu tenho verdadeira paixão por ela. então só um pouquinho da história pra vocês.]
Fonte: Wikipédia, 2007
Imagaem: Tom e Vinícius de Moraes
beijocas
Kátia Barros
Samba Enredo
Samba-Enredo
O samba enredo é o estilo cantado pelas Escolas de Samba durante os desfiles de carnaval. A letra do samba-enredo, normalmente, conta uma história que servirá de enredo para o desenvolvimento da apresentação da escola de samba, através dos seus carros alegóricos, suas fantasias, a e evolução de sua Comissão de Frente. Em geral, a música é cantada pelo cantor-puxador de samba, acompanhado sempre por um cavaquinho e pela bateria da escola de samba, produzindo uma textura sonora complexa e densa, com ritmo muito envolvente.
A bateria das escolas de samba serão um post diferente no Blog, pois estarei fazendo uma pesquisa particular com alguns especialistas, ok?
Imagem: Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira
Samba Exaltação
Samba-exaltação
O samba-exaltação, é caracterizado por composições "meta-regionais", o ufanismo observado nas composições exalta por assim dizer a cultura do país e não um folclore específico, constituindo o primeiro momento de exportação da música popular sem precedentes na história, apresentando as cores, a aquarela do país ao resto do mundo. Aquarela do brasil, de Ary Barroso, é a composição que inaugura esse estilo de samba. Carmen Miranda destaca-se como uma das grandes expoentes.
Samba Canção
Samba-Canção
O samba-canção foi muito executado nas rádios, com grande influências do estilo e da melodia do Bolero e ballad americano. As canções deste gênero são românticas e de ritmo mais lento. Os temas variam do puramente lírico ao trágico.
Artistas famosos: Noel Rosa, Ângela Maria, Nora Ney, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Agnaldo Rayol, Dolores Duran, Maysa Matarazzo, Lindomar Castilho. As intérpretes desse gênero ficaram conhecidas como as divas da Era de Ouro do Rádio.
Fonte: Wikipédia,2007
Imagem: Noel Rosa e violão, um dos artistas que mais divulgou o samba canção.
Samba de Breque
Samba de breque
Hoje um gênero pouco difundido, quase extinto, as músicas do samba de breque eram intercaladas com partes faladas, ou diálogos. Os cantores, necessariamente, tinham um excelente dom vocal e habilidade de fazer vozes diferentes. As letras contavam histórias e eram jocosas.
Artistas famosos: Moreira da Silva
O Pagode
Pagode
Hoje é a forma de samba que se difunde entre as periferias dos centros urbanos do Brasil, surgida nos anos 80 com a introdução de três novos instrumentos, o banjo, o tantan e o repique de mão. Usualmente é cantado por uma pessoa acompanhada por cavaquinho, violão e pelo menos por um pandeiro. As letras são descontraídas, falam normalmente de amor ou qualquer situação engraçada.
Fonte: Wikipédia
O Pagode tem uma característica um pouco diferente do samba-raiz, por isso são confundidos e tratados como ritmos semelhantes, não iguais. Samba-raiz tem uma batida diferente nos instrumentos de percussão e cordas, e as letras tem um cunho popular. Mais informações sobre essa diferença estarão nos próximos posts.
Beijocas
Kátia
O Partido Alto
Partido alto
Esse termo é utilizado para denominar um tipo de samba que é caracterizado por uma batida de pandeiro altamente percussiva, com uso da palma da mão no centro do instrumento para estalos. A harmonia do partido alto é sempre em tom Maior. Geralmente tocado por um conjunto de instrumentos de percussão (normalmente surdo, pandeiro e tamborim) e acompanhado por um cavaquinho e/ou por um violão, o partido alto costuma ser dividido em duas partes, o refrão e os versos. Partideiros costumam improvisar nos versos, com disputas comuns, e improvisadores talentosos fizeram sua fama e carreira no samba, como Zeca Pagodinho, que é não só um grande sambista de propósito geral como um dos melhores improvisadores.
Artistas Famosos: Candeia, Jovelina Pérola Negra, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Aniceto do Império, Sombrinha, Nei Lopes, Almir Guinéto, Camunguelo, Só Pra Contrariar.
Fonte: Wikipédia,2007
Imagem: Um dos sambistas que mais se destacam por sua criatividade nas rodas de Partido Alto é Zeca Pagodinho, personalidade do samba que desde o começo de carreira já fazia sucesso nas rodas de partido alto da cidade.
Samba, samba, samba....
Samba comum
O samba é caracterizado por uma seção de ritmo contendo a marcação, geralmente surdo ou tantan, o `coração do samba'; e seu núcleo mais importante é geralmente reconhecido como cavaco e pandeiro. O cavaquinho é a conexão entre a seção de harmonia e a seção de ritmo, e costuma ser reconhecido como um dos instrumentos harmônicos mais percussivos existentes; sua presença, via de regra, diferencia o verdadeiro samba de variações mais suaves como a Bossa Nova (embora haja algumas gravações de samba que não usem o cavaco, e.g. de Chico Buarque). O pandeiro é o instrumento percussivo mais presente, aquele cuja batida é a mais completa. Um violão está sempre presente, e a maneira de tocar violão no samba popularizou o violão de 7 cordas, por causa das sofisticadas linhas de contraponto utilizadas no gênero nas cordas mais graves. As letras falam basicamente de qualquer coisa, já que o samba é o ritmo nacional brasileiro. Esse subgênero engloba todos os outros.
Fonte: Wikipédia, 2007
Samba - Um pouco de História
História
O Samba provavelmente surgiu na Bahia, onde até hoje guarda toda uma batida e ritmos próprios e, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, neste último ganhou novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de forma tal que, como um gênero musical, apontam seu surgimento no início do século 20 na cidade do Rio de Janeiro (a capital brasileira de então). Muitos pesquisadores apontam para os ritmos do maxixe, do lundu e da modinha como fontes que, quando sintetizadas, deram origem a esse ritmo.
O termo "escola de samba" é originário deste período de formação do gênero. O termo foi adotado por grandes grupos de sambistas numa tentativa de ganhar aceitação para o samba e para a suas manifestações artísticas; o morro era o terreno onde o samba nascia e a "escola" dava aos músicos um senso de legitimidade e organização que permitia romper com as barreiras sociais.
O samba-amaxixado Pelo telefone, de domínio público mas registrado por Donga e Mauro Almeida, é considerado o primeiro samba gravado, embora Bahiano e Ernesto Nazaré tenham gravado pela Casa Édison desde 1903. O seu grande sucesso levou o gênero para além dos morros.
Nos anos trinta, um grupo de músicos liderados por Ismael Silva fundou, na vizinhança do bairro de Estácio de Sá, a primeira escola de samba, Deixa Falar. Eles transformaram o gênero para que melhor se adequasse ao desfile de carnaval. Nesta mesma época, um importante personagem também foi muito importante para a popularização do samba: Noel Rosa. Noel é responsável pela união do samba do morro com o do asfalto. É considerado o primeiro cronista da música popular brasileira. Nesta época, a rádio difundiu a popularidade do samba por todo o país, e com o suporte do presidente Getúlio Vargas, o samba ganhou status de "música oficial" do Brasil.
Nos anos seguintes o samba se desenvolveu em várias direções, do samba canção às baterias de escolas de samba. Um dos novos estilos foi a bossa nova, criado por membros da classe média, dentre eles João Gilberto e Antonio Carlos Jobim.
Nos anos sessenta os músicos da bossa nova iniciaram um movimento de resgate dos grandes mestres do samba. Muitos artistas foram descobertos pelo grande público neste momento. Nomes como Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Keti e Clementina de Jesus gravaram os seus primeiros discos.
Nos anos setenta o samba era muito tocado nas rádios. Compositores e cantores como Martinho da Vila, Bezerra da Silva, Clara Nunes e Beth Carvalho dominavam as paradas de sucesso.
No ínicio da década de 1980, depois de um período de esquecimento onde as rádios eram dominadas pela música de discoteca e pelo rock brasileiro, o samba reapareceu no cenário brasileiro com um novo movimento chamado de pagode. Nascido nos subúrbios cariocas, o pagode era um samba renovado, que utilizava novos instrumentos, como o banjo e o tantã, e uma linguagem mais popular. Os nomes mais famosos foram Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Grupo Fundo de Quintal, Jorge Aragão e Jovelina Pérola Negra.
Atualmente o samba é um dos gêneros musicais mais populares no Brasil.
Fonte: Wikipédia,2007
Imagem: Arte de Heitor dos Prazeres, um artista muito ligado a Cultura Popular. Falaremos de Heitor em especial aqui no Blog
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Caldos e Canjas com Luis Carlos da Vila
Caldos e Canjas é um projeto iniciado pelo poeta do samba Luiz Carlos da Vila, musico inspiradíssimo autor de grandes sucesso como: "Kizomba, A Festa da Raça" ( que deu à escola de samba Unidos de Vila Isabel seu primeiro campeonato no carnaval de 1988), "O Sonho não Acabou", "Os Papéis", "A Luz do Vencedor" além de tantos outros. O projeto que acontecia na casa do artista na Vila da Penha, agora acontece na Lona João Bosco, devido ao grande sucesso da 1ª edição do Caldos e Canjas na Lona, o terceiro promete..., sempre nos primeiros Domingos do mês, nesta 3a edição a Roda de Samba comandada por Luiz Carlos da Vila será no dia 06 de junho. Uma boa roda de Samba acompanhada de uma cervejinha super gelada, diversos petiscos e caldinhos famosos da Jane (esposa do artista) além das canjas inusitadas com grandes nomes da musica brasileira. Afinal de contas “O Show Tem Que Continuar ...”
Domingo dia 03/06 ás 13h
Ingressos: R$ 5,00 para os primeiros 300
R$ 10,00
Endereço: Av. São Félix, 601 Vista Alegre
Informações: 2482-4316
Classificação: 14 anos
Apoio para a galera que faz esse trabalho com muito Amor!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Vale a pena conhecer!
Beijocas
Kátia Barros
Tantinho da Mangueira
Hoje eu e a Mi fomos fazer uma matéria sobre uma feijoada que acontece todo segundo sábado do mês aqui no Rio de Janeiro, na quadra da Escola de Samba Mangueira, uma das mais tradicionais da cidade. Fomos a convite de um amigo meu, o Azul que foi um dos caras que idealizou o projeto. Chegando lá acabamos numa reunião com o Ivo Meireles (Presidente da Bateria da Mangueira, um cara polêmico, apaixonado, um artista conceituado no mundo do Samba).A reunião com o Ivo era para divulgar o CD do Tantinho da Mangueira que acabou de ganhar o Prêmio Tim de melhor CD de samba do ano de 2006. Esse CD foi resultado da pesquisa de sambas da década de 30, de 40, sambas da comunidade, músicas que são verdadeiras poesias. Um projeto arrojado, que tomou muito tempo dele, mas que ficou especial, inclusive levando-o a competir e ganhar de nomes como Zeca Pagodinho. Como duas entusiastas da cultura popular, saímos de lá super felizes com a oportunidade de ajudar até na divulgação do trabalho do Tantinho, um cara de uma simplicidade ímpar.
Resumo da ópera: ganhamos o CD autografado e no final da reunião eu, a Mi e o Tantinho, fomos tomar uma cervejinha no quiosque da Marion, em frente ao Palácio do Samba, no Morro da Mangueira, onde acabamos participando de um papo engraçadíssimo sobre as muitas histórias do samba lá. Tem coisa mais carioca do que isso?
Beijocas
Kátia