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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Para os amantes da pipoca, filme e sofá, uma boa dica para o feriado!!


Primo Basílio
Produzido, co-escrito e dirigido por Daniel Filho, em uma adaptação ao romance de Eça de Queiroz, retrata a história de uma mulher casada que não resiste aos encantos do sedutor primo, o Basílio. Luiza é interpretada pela graciosa Débora Falabella e Basílio pelo atraente galã Fabio Assunção. Escolha perfeita, uma vez que ela refletiu bem o papel da jovem recém casada e cheia de sonhos e ele a do lindo, viajado e sedutor primo.
Trocada Lisboa pela grande São Paulo, o filme trata de uma história extra-conjugal , onde de um lado está uma jovem sonhadora, que nutre uma paixão adolescente pelo primo e de outro, o mesmo, um jovem sedutor que a faz perder a cabeça. Enquanto o marido engenheiro se ocupava da construção de Brasília, a jovem Luiza, não resiste às investidas do primo. Aquele típico amante que sabe dizer a palavra certa na hora certa, com o único intuito de todos, levá-la para cama! E como toda história acaba tendo um “diabinho”, Luiza é incentivada pela amiga adúltera e bem “soltinha” Leonor, a se divertir com o bonitão. Bom, como era de se esperar, a moça não resiste e se entrega aos braços de sua grande paixão, que lhe faz grandes juras de amor em tardes calorosas no “Paraíso”, apartamento escolhido para os encontros.
Luíza, cega e totalmente envolvida passa a escrever cartas de amor ao primo. Aí, começam a existir as possíveis “provas e evidências”, a empregada Juliana as descobre e resolve fazer delas a sua aposentadoria. A jovem num ímpeto de loucura procura o primo e lhe propõe uma fuga à Paris. Muito romântico não fosse o caso dele apenas ter se divertido com a coitada e não dar a mínima a seu pedido. Pior, ainda retorna sozinho a “Cidade Luz”, após uma despedida fria, digna de um cafajeste. Luíza se desespera e tenta recompor sua vida, uma vez que o marido “corno” estaria prestes a retornar ao lar. Ainda assim, continua a escrever cartas ao primo que deixara um cartão com o endereço, contudo, suas linhas nunca tiveram respostas.
Se existe mordomo assassino, esta empregada não ficaria muito atrás, ela inverte os papéis e faz a jovem realizar os serviços domésticos, enquanto ela, passa as tardes assistindo TV. Luiza então assume as tarefas da casa de dia e a noite se faz esposa e amante. Quando sucumbi às chantagens de Juliana, a moça resolve recorrer a “amiguinha das fáceis soluções”, Leonor. É deve ser fácil para umas, mas de fato, para uma mulher normal, era difícil de suportar a idéia de se entregar por dinheiro ao banqueiro que Leonor a apresentara. Tentativa fracassada. Assim, Luiza se desespera e pede ao amigo em comum do casal, Sebastião, que lhe ajude. A solução fora o atropelamento da empregada que, ao invés da tão sonhada e rica aposentadoria, morre tragicamente.
Quando tudo parece ter terminado, o primo resolve responder a uma das cartas que cai nas mãos de último que a poderia ler, o marido. Luiza se desespera e atormentada de culpa começa a desenvolver quadros de delírio, acompanhados de febres altíssimas. Já no hospital, o marido a perdoa, mas ainda assim, a jovem morre em seus braços. Quando Basílio retorna e tenta visitar a prima, descobre que ela não estava mais nesta vida!! O primo repete o descaso de sempre e ainda diz: “Antes ela do que eu” . Depois dessa frase proferida pelo primo, deixo minhas observações para momentos posteriores, que virão, com certeza. Apenas preciso de um ar.
Michele Rangel

Um comentário:

Lobotomia disse...

Ainda bem que não tenho nenhum primo chamado Basílio... brincadeiras a parte, quero louvar sua iniciativa. O Papos culturais é muito legal, vou adicioná-lo em meus favoritos.