SAMBA DE FUNDAMENTO
Nei Lopes - Magno de Souza
Vestiu o meu terno de linhoe ficou feito um morto
Calçou meu pisantebranquinho e sentiu desconforto
Botou na cabeça o chapéu assim feito uma flor
Pegou meu pandeiro e bateu com mais ódio que amor.
E aí foi catando cavaco em fundos de quintais
Arfando, como quem viola templos virginais
E como era sambista só porque Seu Rei mandou
Vibrou minha sétima corda e nela se enforcou.
O samba
Vem lá de muito longe
De antes da Praça Onze
De emoções ancestrais.
Candeia Por sinal já dizia
Que ele é filosofia
Não é moda fugaz.
O samba
É uma coisa de dentro
Tem os seus fundamentos
Os seus rituais
E a gente
Só penetra essa seita
E em seu colo se deita
Quando sabe o que faz...
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